O presidente boliviano Evo Morales anunciou, no início desta semana, a anulação de contrato com a OAS, que previa a execução de uma rodovia através da floresta amazônica, por acreditar que a empresa brasileira não cumpriu várias obrigações contratuais.

A estrada, de 306 km, ligaria a Amazônia brasileira a portos da costa do Pacífico no Chile e Peru e contava com financiamento de US$ 332 milhões do BNDES brasileiro – a obra estava orçada em US$ 415 milhões.

Mas o projeto tornou-se pivô de um desgaste político entre Morales e grupos autóctones bolivianos. Dividida em três partes, seu trecho 2, de 177 km, cruzaria o Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis), um território indígena. Após ser pressionado por uma marcha de protesto de 61 dias, Morales assinou uma lei que proíbe qualquer rodovia de cruzar o Tipnis.

A presidência boliviana não informou se o projeto da rodovia continuará ou se OAS seria compensada.
 

Fonte: Padrão