Promovido pela Associação Brasileira de Construção Industrializada de Concreto (Abcic), o seminário aconteceu como parte do Congresso da M&T Expo 2012 e foi coordenado pela engenheira Íria Lícia Oliva Doniak, presidente executiva da Abcic (foto). Além da coordenadora, que fez a primeira apresentação, o seminário contou também com a presença de João Alberto de Abreu Vendramini, diretor Técnico da Vendramini Engenharia e vice-presidente de Marketing da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), e José Roberto Falcão Bauer, diretor presidente do Instituto Falcão Bauer de Qualidade (IFBQ).
Na primeira palestra, Íria Doniak falou sobre Os aspectos a serem considerados na contratação das estruturas pré-fabricadas de concreto. Íria fez um breve resumo dos conceitos fundamentais sobre esse tipo de estrutura, destacando as diferenças entre sistemas construtivos pré-fabricados e pré-moldados. A engenheira também contextualizou as diferenciações entre a racionalização e a industrialização de canteiros de obras.
Outro aspecto abordado pela especialista foi um resumo das razões para adoção da industrialização da construção civil usando pré-fabricados de concreto bem como os critérios dessa contratação. Para ela, os projetos desenvolvidos com pré-fabricados de concreto agregam, entre outros aspectos, alta eficiência estrutural e energética, otimizando, pelo desempenho e produtividade, o uso de recursos humanos e materiais , além da possibilidade de reutilização, o que reforça a sustentabilidade desse tipo de tecnologia.
A palestra seguinte – Aplicação de estruturas pré-fabricadas de concreto em obras industriais e de logística – foi apresentada pelo engenheiro João Alberto de Abreu Vendramini, a partir de seis estudos de caso de obras recentes: quatro plantas industriais (Eurofarma, TMT Motoco do Brasil, Tortuga e Vetco Gray), um estaleiro (Rio Grande Oficina de Solda), e um centro de distribuição (CD da Volkswagen).
Os seis casos mostram a flexibilidade das construções pré-moldadas e as vantagens da indústria para o caso de pré-fabricados. No caso da Eurofarma, por exemplo, a tecnologia permitiu a adoção de um layout industrial mais adequado às demandas da empresa e a um projeto arquitetônico arrojado. Já a unidade da TMT pode ser construída atendendo à necessidade de redução do tráfego de empilhadeiras, agregando qualidade operacional à obra.
“Temos um aquecimento na área de logística, principalmente, a construção de centros de distribuição (CDs)”, explica Vendramini. “Os prazos de execução de projetos estão mais curtos, o que nos leva a investir cada vez mais em treinamento de equipes e controle de qualidade”, completa o especialista. De acordo com ele, o Brasil poderá viver pelo menos mais 20 anos de ciclo virtuoso de crescimento se os investimentos em obras de infraestrutura, caso de aeroportos e saneamento, continuarem.
O palestrante, José Roberto Falcão Bauer, fez a terceira apresentação – Recomendações preliminares e manutenção das estruturas de concreto: redução de passivos e ações sustentáveis – abordando conceitos como durabilidade e vida útil. O círculo da qualidade para a construção civil foi outro tema discutido pelo engenheiro, que também relatou os principais intervenientes no processo construtivo.
“Para manter a qualidade das construções, é preciso também entender as ações a que estão sujeitas a estrutura, além de executar as manutenções indicadas”, argumentou Falcão Bauer. Ele também lembrou que uma obra que atende aos critérios de desempenho é necessariamente uma construção planejada. “Isso permite que você tenha uma visão clara do trabalho a ser oferecido, de modo que o trabalho seja desenvolvido com qualidade”, concluiu.
(Foto: Romero Cruz)
Fonte: Padrão
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