É um robô faz-tudo. Pequeno (12 centímetros de altura, 64 de largura e 28 de profundidade), ele se movimenta com muita velocidade. É dotado de duas câmaras frontais, o que lhe possibilita uma visão de 360 graus. E carrega também uma câmera traseira. No conjunto, capta imogem de alta definição.

É um equipamento de muita utilidade mas, por ser específico – destina-se tão-somente a serviços de manutenção em usinas hidrelétricas – ele não vem tendo a divulgação necessária.

Foi objeto de uma matéria no jornal O Estado de S. Paulo do dia 4 de agosto último. Mas, carece de maior divulgação, dada à inventividade dos que o conceberam. Ele foi desenvolvido pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), mediante parceria e financiamento da AES Tietê que opera diversas hidrelétricas em SP, dentre elas Água Vermelha, Ibitinga, Caconce, Promissão, Euclides da Cunha etc.

O invento é singular. Custou cerca de R$ 1 milhão mas não vai demorar muito para que possa mostrar suas múltiplas utilidades. Por ora, não faz trabalhos de reparos: apenas, pelo que leio, detecta problemas que precisam ser resolvidos. Aponta aonde a manutenção precisa ser feita. As câmeras que ele carrega captam as imagens de trincas, fissuras e mostram o que precisa ser realizado para evitar a gravidade de danos futuros.

No fundo, a concepção, fabricação e operação do robô, que opera ligado ao controlador por um cabo de 300 m de comprimento, conforme a matéria de José Roberto Castro, no Estadão, embutem dois dados muito significativos: a importância da parceria empresas-inteligência no campo universitário e o avanço que inventos dessa natureza podem proporcionar à segurança e à prevenção de danos em obras de infraestrutura.

É importante que parcerias desse tipo se disseminem. A inteligência é um campo vasto para a aquisição, aprimoramento e multiplicação do conhecimento a ser compartilhado com a sociedade.

Fonte: Nildo Carlos Oliveira