Durante quatro dias, o Riocentro sediou o maior evento do setor de construção civil do estado. A 17ª Construir Rio – Feira Internacional da Construção terminou neste sábado registrando números de sucesso. Foram 50 mil visitantes que percorreram os 21 mil metros quadrados de estandes, onde mais de 300 marcas nacionais e internacionais apresentaram seus produtos. Para as empresas que participaram da feira, o balanço também foi animador, com a geração de negócios na ordem de R$ 100 milhões. Um resultado que já fez 70% dos expositores demostrarem interesse em renovar a participação em 2013.

O público que percorreu os corredores do Pavilhão 4 do Riocentro pôde conferir as principais tendências do mercado da construção: inovações tecnológicas, preocupação com a sustentabilidade, segurança nas edificações e qualificação de produtos e serviços para a nova classe média. Esses temas também foram objeto de discussão durante os eventos técnicos da Construir Rio: Fórum Construir, Fórum de Arquitetura e Dia do Comerciante. Reunindo nomes importantes do setor – tanto de órgãos públicos como da iniciativa privada –, as palestras atraíram grande público para o auditório do Riocentro.

Voltado para lojistas, atacadistas, construtores, fabricantes, engenheiros, arquitetos e demais profissionais do segmento, a Construir Rio foi promovida e organizada pela Fagga | GL exhibitions, em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e com a King Ouro, maior atacadista de material de construção do Rio de Janeiro; e conta com apoio de entidades como a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan-RJ), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA).

Presença estrangeira e grandes negócios

Criatividade foi a marca dos expositores para chamar a atenção do público. Ambientes com decoração caprichada, demonstrações originais de produtos e sorteios serviram de chamarizes. Foi o caso da Bloco Brasil que reuniu uma equipe formada por dez mulheres construtoras para erguer paredes de concreto. Outra ideia original foi da atacadista King Ouro, em parceria com a ECP, fabricante do ramo de iluminação. No último dia da feira, promoveram o sorteio de um carro zero quilômetro entre seus clientes. Houve também acontecimento inédito na história da Construir: uma empresa foi lançada – mostrou sua identidade pela primeira vez – dentro da feira: a Valle Metais Home Design, com seus acessórios sanitários como cabide, saboneteira, porta-toalhas, prateleira, barra de apoio e porta-papel.

O empresário Roberto Glaus, dono da RG Elevações, destacou a participação de um público qualificado na Construir Rio. Para ele, a presença de arquitetos, engenheiros e outros profissionais do ramo contribuiu para os números expressivos de negócios que alcançou. “Se fecharmos 10% das conversas iniciadas no evento, chegaremos a R$ 200 mil em negociações. Recebi muitas visitas de pessoas interessadas na compra do meu produto. Isso mostra que fiz a opção certa ao garantir o meu lugar na Construir Rio”, garantiu Glaus.

A empresa catarinense Hércules Super Portas foi outra que obteve um saldo positivo para seus negócios com a participação na feira. “Nossa expectativa ficou acima de qualquer expectativa. Conseguimos fechar mais de R$ 1 milhão em vendas. Fizemos muitos contatos novos, alguns com propostas concretas de distribuir nossos produtos. Ou seja: o resultado da feira será ainda melhor. Foi muito bom ter vindo. Quem não aproveitou essa oportunidade perdeu – afirmou Helton Zanatta, diretor da Hércules.

Temas da atualidade apresentados por profissionais de renome internacional

No primeiro dia da feira (7 de novembro), durante o Fórum Construir, a revitalização da Zona Portuária do Rio, os projetos de mobilidade urbana, as novas instalações da Petrobras e o Parque do Atletas foram os temas das palestras. O Fórum de Arquitetura, no dia 8, reuniu profissionais de escritórios de renome internacional para discutir os impactos de projetos para as Olimpíadas na cidade e relação entre sustentabilidade e arquitetura. Também no segundo dia do evento, a importância do consumidor da classe C para a construção civil foi detalhada durante o seminário do Dia do Comerciante.

De acordo com o presidente da AsBEA, Vicente Giffoni, este ano, a participação dos profissionais de arquitetura na Construir foi maior em função das grandes transformações urbanas por que passa o Rio de Janeiro, assuntos que despertaram grande interesse durante os eventos técnicos.

– Percebemos nitidamente que a Construir Rio está se aperfeiçoando, cada vez mais próxima dos arquitetos. A promoção de palestras, seminários e debates é uma estratégia acertada para agregar valor à programação.Entendemos que um evento como a Construir, com produtos e tecnologia, tem uma sinergia muito maior com o público quando conseguimos gerar conhecimento. Esse novo momento do Rio de Janeiro só vai acontecer na plenitude se os órgãos e atores do desenvolvimento trabalharem em conjunto. O poder público está fazendo muito, mas não pode agir sozinho. O Rio terá um legado físico, estrutural, mas precisamos fazer nosso dever de casa para criarmos também um legado intelectual. A cidade merece um esforço conjunto como esse que resulta na feira Construir. Estamos unidos pelo compromisso de ser um vetor de incentivo ao desenvolvimento. Não basta o Rio ser maravilhoso. Tem que ser excepcional, envolvendo a excelência em todos os setores – destacou.

Mercado vai crescer 10% em 2013

Durante a feira, foi distribuído o Prêmio Construir, que homenageou profissionais das 40 empresas atacadistas que mais se destacaram em 2012. Um reconhecimento para um segmento que promete continuar impulsionando a economia do Rio e do Brasil, como avalia Roberto Kauffmann, presidente do Sinduscon-Rio e vice-presidente da Firjan, instituições que apoiaram a Feira Internacional da Construção desde o início de sua organização.

– Em 2012, o crescimento deve ficar na faixa dos 8% e creio que, em 2013, podemos crescer para cerca de 10%. Vamos alcançar esses números porque há interesse político de todas as esferas em investir na cidade, o que certamente vai continuar acontecendo. Ano que vem, teremos no Rio a Copa das Confederações, além de outros eventos esportivos de alcance internacional. No ano seguinte, a Copa do Mundo. A cidade vai crescer com a execução das obras de mobilidade urbana e com os incentivos para a instalação de novas indústrias na região – analisou Kauffmann.

Como reflexo dos &oa
cute;timos negócios nos diversos ramos da construção civil e infraestrutura, algumas das maiores construtoras do país, como Andrade Gutierrez, OAS, Carioca, Odebrecht, Queiroz Galvão e Carvalho Hosken, montaram estandes requintados na Rua A do Pavilhão 4 para mostrar suas realizações e fechar novas parcerias. Todas investiram em telões e monitores de alta definição para exibir aos visitantes obras como Porto Maravilha, Linha Amarela, Linha 4 do metrô, reforma do Maracanã, Parque dos Atletas e TransOeste.

– A Carvalho Hosken não poderia deixar de participar da Feira Construir, onde são apresentados lançamentos, serviços, equipamentos e tendências do mercado da construção civil – afirmou o presidente da construtora, Carlos Fernando Carvalho, que marcou presença na abertura do evento.