Um dos trabalhos mais desgastantes para um veículo de transporte talvez seja o que faz a "ciranda" nos portos brasileiros, isto é, movimenta toda a carga que chega ou é embarcada nos navios. Operadores portuários sofrem uma grande pressão para que a operação de embarque e desembarque de contêineres seja feita no menor tempo possível quando o navio atraca no porto.

Além de transportar o peso dos contêineres (que pode chegar a pesar até 27 t) os veículos andam sempre em baixíssima velocidade, procedendo a inúmeras manobras e a um interminável anda e para que compromete o sistema de embreagem e todo o trem de força em curto espaço de tempo.

Mudanças constantes entre marcha à ré e à frente para o correto encaixe do container no "buggie" (como são chamadas as carretas porta-container) também sacrificam tanto o operador quanto o equipamento. Com um veículo totalmente automático, esta operação é facilitada uma vez que o operador limita-se apenas a apertar um botão na seletora de marchas.

Foi a essa conclusão que chegou a Rucker Equipamentos Industriais, empresa brasileira que opera tradicionalmente nos segmentos de equipamentos para aeroportos e portos, no momento de desenvolver e produzir o TT-40, veículo feito exclusivamente para o transporte de carretas e chassi de contêineres em portos, terminais, operações de logística e centros de distribuição. Ao desenvolver este veículo, a adoção de uma transmissão totalmente automática Allison era ponto certo para a empresa, já que todos os veículos deste tipo adotam este equipamento.

Uma transmissão Allison da Série 3000 foi acoplada ao motor MWM 6.10T de 180 cv que, combinados a um eixo de redução de 22,30:1, resultaram em um veículo capaz de atender perfeitamente a todas as necessidades dos exigentes operadores dos diversos portos brasileiros. Tecon RS, Tecon Salvador e TCP em Paranaguá são alguns dos operadores que utilizam estes veículos em suas operações diárias.

Dados recentes mostram que os primeiros veículos Rucker adquiridos em 2007 pela Tecon RS já se encontram com mais de 30.000 horas trabalhadas, sem que tivesse havido qualquer intervenção para manutenção, o que comprova a alta disponibilidade do equipamento e baixa manutenção.

De acordo com Rafael Mendes, gerente geral da Rucker: "O nosso trator de porto foi desenvolvido para trabalhos realizados em baixa velocidade, distâncias curtas, com muita sobrecarga e atividades praticamente ininterruptas, como as operações que são efetuadas nos portos de todo país. Dentro desse leque de condições extremas é que as transmissões Allison cumprem com perfeição seu papel".

"As transmissões totalmente automáticas trabalham com facilidade e extrema eficiência nos tratores terminais", afirma Clóvis Kitahara, Gerente de Marketing da Allison para a América do Sul. "O uso das nossas transmissões nos tratores de porto é uma prática já adotada pelos principais fabricantes destes equipamentos em todo o mundo, portanto, não poderia ser diferente com fabricantes locais. As transmissões automáticas proporcionam maior agilidade ao conjunto nas manobras e maior conforto para o motorista em relação aos caminhões equipados com transmissões manuais", complementa Kitahara.

Fonte: Padrão