A JLG, que fabrica plataformas aéreas de trabalho e manipuladores telescópicos, está realizando uma série de ações para melhorar o atendimento e a distribuição de seus serviços e peças no Brasil. A empresa mantém seu escritório central e centro de distribuição no município de Indaiatuba, a 90 km de São Paulo. Ainda não produz maquinário no Brasil, que é importado dos Estados Unidos, onde fica a matriz.
Entre as melhorias implementadas, estão a ampliação física do centro de distribuição, de 3 mil m2 para 11 mil m2, com 2 mil m2 de área construída (um armazém para peças e dois pátios para máquinas); a triplicação do número de peças de reposição disponíveis; e a duplicação do quadro de funcionários, com foco em serviços, como treinamento técnico de clientes (para operação e manutenção das máquinas) e desenvolvimento de produtos para necessidades locais. Presente no Brasil desde 1996, com representante de negócios, e desde 2002, com sede própria, a JLG estima investimento de US$ 2,9 milhões em “capital humano”.
“A falta de agilidade da marca no atendimento era a reclamação número 1 do nosso cliente. Queremos acelerar isso”, identifica Donnell Mata, diretor de suporte ao cliente da JLG para a América Latina. Esse cliente é quase exclusivamente as empresas de locação de equipamentos para construção, entre elas, a Mills Rental, a Solaris, a Trimak, a AuraBrasil e a Paraná Equipamentos. “Noventa e cinco por cento de tudo que a gente vende se destina a locação. O locador é o nosso principal cliente. E o investimento que ele faz, com a máquina parada na obra ou na indústria, é dinheiro perdido. Não pode cobrar por uma máquina que não está funcionando”, reconhece Marcio Cardoso, diretor de desenvolvimento de mercado da JLG para a América do Sul. “A agilidade em atender a essa máquina, com peça de reposição, com assistência técnica, é essencial para se ter sucesso nesse mercado. É isso que estamos fazendo.”
A busca do pronto atendimento ganhou mais uma ferramenta na JLG: o Kardex Remstar, equipamento de origem alemã. É um sistema eletrônico de estoque que automatiza a busca de peças, via atribuição de códigos. Basta digitar o código da peça requerida, que o sistema vai buscá-la na respectiva prateleira e a entrega automaticamente, sem que o funcionário se desloque, como acontece normalmente. Hoje, são três mil itens estocados pelo sistema na JLG.
A empresa está apresentando também um canal direto de relacionamento com seus clientes, chamado Online Express. Trata-se de um ambiente digital, acessado pela internet mediante login e senha, que permite a cotação de preços de equipamentos e peças e o acesso a garantias e manuais dos produtos JLG em português (também uma novidade). O ambiente interativo possibilita o acompanhamento em tempo real, por parte da JLG, das solicitações do cliente (e o atendimento delas). O processo geral de pós-venda era, até então, feito manualmente. A JLG criou ainda um serviço gratuito de atendimento telefônico (o SAC Viva JLG).
Expectativas
O tamanho do mercado brasileiro, nas contas do diretor Marcio Cardoso, ainda é pequeno, na comparação com o dos Estados Unidos, por exemplo: são 22 mil plataformas aéreas em atividade no Brasil, contra 800 mil naquele país. Dessas, 5 mil chegaram em 2011 e outras 6 mil devem desembarcar no Brasil, este ano. A JLG tem a liderança, com cerca de 40% do mercado. A projeção dos diretores sobre os negócios da companhia no Brasil é muito positiva. ”O Brasil e toda a América Latina são grandes oportunidades. Mas o Brasil é nossa prioridade, por causa de Copa do Mundo, Olimpíada e os novos projetos de infraestrutura”, confirma Richard del Campo, diretor de desenvolvimento de mercado da América Latina.
O contexto parece trabalhar mesmo a favor da difusão dos equipamentos JLG, que incluem elevadores pantográficos (conhecidos como tesouras, para elevar até 15 m de altura), braços articulados e braços telescópicos (para elevar até 50 m de altura) e manipuladores telescópicos (telehandlers). Desde 2008, está em vigor a norma regulamentadora 18 (NR 18), específica para construção civil, com uma série de normas de segurança e especificações técnicas nos canteiros, por exemplo, para a elevação de pessoas. E, aqui, entra o maquinário da JLG, com suas garantias, substituindo os tradicionais andaimes de metal ou madeira. A alta no custo da mão de obra também estimula a opção por plataformas mecanizadas, uma vez que já se encontram prontas para uso, sem necessidade de montagem nem de desmontagem. A cobrança por mais segurança nos canteiros e a racionalização de processos e custos, de modo geral, se somam ao bom momento econômico brasileiro, com a multiplicação das mais diversas obras pelo País, para ampliar o mercado desses equipamentos elevatórios.
Com os investimentos na sede de Indaiatuba, anunciados oficialmente em meados de novembro, a JLG faz um novo movimento, para se elevar e elevar os negócios de seus clientes.
Empresa ampliou área para máquinas e automatizou o estoque de peças
(Guilherme Azevedo – Indaiatuba-SP)
Fonte: Padrão
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