O ICST (Índice de Confiança da Construção), medido pela FGV (Fundação Getulio Vargas) na pesquisa Sondagem da Construção, registrou queda de 4,8% no trimestre encerrado em janeiro deste ano. A redução é mais intensa do que a de 3,3% verificada no trimestre encerrado em dezembro. Assim como ocorreu na pesquisa anterior, essa piora reflete, principalmente, o segmento de preparação de terreno, que recuou de -7,8% para -11,3%.

Já em obras de infraestrutura para engenharia elétrica e de telecomunicações diminuiu a intensidade de queda, de -7,6%, em dezembro, para -3,8%, em janeiro. O ISA (Índice da Situação Atual) apresentou a maior queda desde setembro de 2012, ao ficar em -5,7% ante -3%. Já o IE-CST (Índice de Expectativas) passou de -3,5% para -3,9% no período.

Das 700 empresas consultadas, 24,1% avaliaram que houve aumento da atividade no trimestre encerrado em janeiro. Essa taxa é inferior à apurada em igual período do ano passado (28,7%). Para 14,9%, ocorreu redução da atividade, proporção ligeiramente abaixo da registrado no mesmo período de 2012 (15,7%).

Os empresários demonstraram maior pessimismo quanto à evolução dos negócios para os próximos seis meses. A taxa que mede o otimismo caiu de -1,9% para -3%. Do total consultado, 42,1% preveem aumento de demanda ante 46,2% que tinham essa mesma percepção no trimestre passado. Ficou praticamente estável a parcela que espera uma redução (de 4,6% para 4,7%).

Contudo, os técnicos da FGV alertam que, embora a pesquisa tenha apresentado uma piora pontual, na comparação com as de trimestres anteriores ao longo do ano, há uma gradual recuperação da confiança dos empresários. No primeiro trimestre, o índice foi negativo em 6,6%. No segundo, ficou em -9,5%; no terceiro, em -7,8%; e no quarto, em -3,3%.

Fonte: Agência Brasil

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