Será inaugurada no dia 23 de março a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, uma obra executada pela Scopus Construtora & Incorporadora, em parceria com os arquitetos Rodrigo Mindlin e Eduardo de Almeida. O empreendimento está localizado na Cidade Universitária, em São Paulo (SP), e foi idealizado pelo próprio bibliógrafo, falecido em 2010.

De acordo com o sócio controlador da Scopus, Dirceu Camargo Filho, a execução da obra foi dividida em quatro etapas, além do processo de fundação e terraplanagem, que não foi executado pela empresa.

O local, que anteriormente era uma praça, recebeu a aplicação de contenção e o terreno foi cortado para abrigar o subsolo – o mesmo foi drenado por conta da existência de um lençol freático aflorado em decorrência das características do solo. A fundação, executada com estaca-raiz, foi concretada "in loco" e a contenção em solo grampeado.

A etapa seguinte a esse processo de preparação do solo foi a implantação da estrutura de concreto, moldada “in loco”, e a execução da laje nervurada. Para a aplicação desta técnica foi utilizado o sistema de formas do tipo cubetas, que exigiu um processo de cimbramento e escoramento. Para os acabamentos foram utilizados pisos elevados monolíticos. O acabamento dos pisos foi feito em pedras tipo basalto.

Nos banheiros também foram aplicados pisos de basalto por conta de sua resistência e as paredes foram revestidas com laminados melamínicos. Nos três tipos de forros foram utilizados gesso, metálico e mineral acústico. Além do projeto de iluminação realizado pela Mingrone, o Instituto de Elétrica e Eletrônica (IEE) da USP desenvolveu uma concepção de geração de energia fotovoltaica na cobertura do edifício.

A segurança da biblioteca também recebeu da Scopus um sistema de automação composto por controles de acesso e sensores que são considerados um dos diferenciais da miscelânea de acabamentos. O prédio conta ainda com uma sala de segurança equipada com monitores que recebem as imagens captadas pelas diversas câmeras espalhadas pelo local. Na parte externa do edifício um bosque será criado.

A obra em números

A área total do complexo Brasiliana é de 21.950 m², com altura de 22 m e extensão de 197 m. A biblioteca Mindlin ocupa uma área de 6.500 m², o auditório 550 m², a sala de exposições 380 m², a livraria 500 m² e a praça coberta 700 m². Foram usados na obra 8.500 m³ de concreto, 830.000 kg de armação, 88.000 ³ de cimbramento metálico (lajes, vigas e paredes) e 300.000 kg de estrutura metálica. São 800 m² de cobertura de vidro (lanternim).

Os revestimentos de parede em laminado melamínico ocupam espaço de 1.800 m², o forro de gesso 650 m², o forro metálico 4.050 m², o piso elevado monolítico 10.500 m² e o piso em pedra basalto 13.100 m². Também entre os números do acabamento está o piso em carpete (7.500 m²), os vidros Laminados (5.650 m²), oito elevadores, sistema de combate a incêndio e sistema de ar condicionado.

Fonte: Padrão