A globalização de marcas da Coreia do Sul, China e até do Brasil beneficia usuários

Embora aqui em Munique, Alemanha, as marcas alemãs apresentem mais músculos na Bauma 2013 (afinal estão no quintal de casa, bem abastecidas de tecnologia, bier e wurst), as coreanas e chinesas não se intimidam e mostram seus produtos ancorados na aquisição daquelas tradicionais do Ocidente como Bobcat (pela Doosan), Cifa (pela Zoomlion), e Putzsmeister (pela Sany).

Isso faz lembrar o tempo em que Tata Motors, da Índia, comprou as marcas britânicas Jaguar e Landrover. O fato sinalizou a entrada crescente dos países emergentes nos mercados globais de produtos de tecnologia.

Antes disso, a Samsung já vinha dando canseira na Apple no mercado de smartphones e tablets. Esta semana, a Mitsubishi Industries, do Japão, fabricante de componentes aeronáuticos, anunciou o lançamento de um jato regional de 90 lugares. Neste campo a Embraer já havia sido pioneira há anos.

Resumo da ópera: não haveria de ser diferente no mercado de máquinas de construção, onde os fabricantes tradicionais dos Estados Unidos e Europa precisam encarar com seriedade a concorrência das “novas” marcas dos países emergentes, até nos países de seu domínio. Elas usam componentes globais, como motores, transmissão, hidráulica e eixos de fornecedores já consagrados – equalizando o conteúdo tecnológico neste aspecto.

O Brasil já ingressou nesta corrida, tendo a WEG se tornado um dos maiores fabricantes de motores elétricos do mundo. Na Bauma, a CZM , de Contagem (MG), divulga suas perfuratrizes para fundações há diversas edições, ao lado da Wolf, Menegotti, Metisa, máquinas Furlan, Dedini, Jaraguá e CIBI, que também estão em Munique este ano.

Texto:Joseph Young

Fonte: Padrão