A expressão, que nos atirava no reino das absolutas impossibilidades, tende a ficar no passado. Hoje, viver no mundo da lua pode ser uma possibilidade real. E cara. Apesar de todas as evidências impeditivas, sobretudo pela ausência de ar e água, começa-se um trabalho para que tais carências possam ser superadas. Certamente a forma de vida lá, se acaso chegarmos a isso, será bem diferente da forma de vida aqui. Edificações, bosques, rios, bares, boêmia. Nada disso haverá. Mas o ser humano é capaz de tudo para tentar tudo.

O suplemento da Gazeta Russa, que a FSP traz hoje, mostra que os russos começam a desenvolver um programa ambicioso para “aterrissar na lua”. E que isso poderá acontecer até 2020. Eles contariam com um orçamento inicial de 52 milhões de euros para colocar a indústria do país nessa aventura. Há algum tempo uma missão teria confirmado que há água em forma de gelo nos polos lunares. Caso isso seja constatado, o nosso pequeno mundo estaria á beira de descobrir um meio de sobreviver por lá.

Aparentemente, um dispositivo, de origem russa, o Lunar Exploration Neutron Detector, fez aquela descoberta, o que acena com a possibilidade de se construir, futuramente, algum tipo “de instalação habitada”.

Ficção à parte, há um dado real em tudo isso: uma nova corrida espacial. E, no bojo dessa corrida, o Instituto de Pesquisas Espaciais (IPE), está construindo três sondas não tripuladas para prospectar as condições da superfície da lua. Uma dessas sondas, a Luna Glob 1, estará seguindo para lá em 2015 a fim de construir uma plataforma de aterrisagem.

Nessa corrida espacial, Rússia, Estados Unidos e China se darão as mãos. Mas, até quando?

Fonte: Nildo Carlos Oliveira