Petrus Evangelista, gestor do segmento de construção e projetos da Totvs, afirma que existe um aumento significativo no interesse das construtoras de aplicar a tecnologia da informação no canteiro de obras. Ele explica que o uso de um sistema integrado já permite ter o controle de todas as etapas de uma grande construção, do material utilizado ao que cada operário está executando.
Segundo ele, atualmente 1.600 construtoras são atendidas com algum tipo de software da empresa. A Top Mobile, ferramenta criada pela Totvs em parceria com a Softsite, é uma delas. “Partimos para uma ferramenta em que eu tenho conceitos modernos de processamento de projetos. Com uma análise de valor agregado, vou a campo e coleto informações”, explica.
A solução permite que engenheiros de planejamento acompanhem a execução da obra em sistemas móveis (smartphones, por exemplo) pela identificação das tarefas dos funcionários, medição do avanço físico e o número de viagens realizadas pelos caminhões.
A ferramenta também permite fazer o planejamento detalhado da produção, saber quem trabalhou ou ficou parado e qual serviço foi executado. Possibilita ainda ter efetivamente apropriação de mão de obra e equipamentos, saber o custo real e a efetividade dos índices planejados, medindo online o avanço físico. É possível ainda ter registro da quantidade dos ciclos de transportes realizados, o tempo médio e qual equipamento executou a tarefa.
Entre as funcionalidades da ferramenta, está a planilha de atividade, que dá origem à folha de tarefa. Esta, por sua vez, permite a programação da quantidade de tarefas a ser executadas e que depois pode ser impressa para a entrega ao encarregado. Na folha de tarefas, é feito o planejamento das atividades das equipes, associando-se cada uma delas.
Por meio da folha de tarefas, é possível ainda planejar a produção semanal ou quinzenal e, a partir daí, atribuir as folhas ao apontador pela medição em campo. Essa medição sincroniza com o sistema online ou offline.
No apontamento da mão de obra, o encarregado baixa para o aparelho as tarefas atribuídas a sua equipe. No início de cada turno, lança qual membro da equipe trabalha em qual atividade. Nesta etapa, o custo das horas produtivas e improdutivas é atribuído à atividade específica. No final do mês, a mão de obra reestabelece o valor pela folha.
“Muitos justificavam que existia o controle de quem entra e sai, mas onde que ele trabalhou? Esse custo dessa pessoa vai para onde? Muitas vezes a pessoa ficou parada porque choveu, mas ela estava lá. Eu tenho que jogar isso para algum lugar”, explica Evangelista.
Ainda entre as funcionalidades da ferramenta, o apontamento dos equipamentos permite controle de horas produtivas e improdutivas de equipamentos por tarefas, incorporando os valores de manutenção ao custo final da obra. E o apontador do ciclo de transporte marca a entrada e a saída em aparelhos diferentes, registrando o número de viagens de um equipamento e o tempo médio por ciclo. Ele permite também o dimensionamento por ciclo.
(Nara Faria)
Fonte: Revista O Empreiteiro
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