Após mais quatro reajustes, o custo das 12 arenas que estão sendo construídas para a Copa de 2014 chegou a R$ 8 bilhões. O valor é 285% maior que o anunciado pelo governo federal em outubro de 2007, quando o Brasil foi escolhido sede do Mundial. À época, o preço das reformas e construções era de R$ 2,8 bilhões.

Os últimos reajustes ocorreram na Arena da Amazônia, Arena da Baixada, Maracanã e Mané Garrincha. As revisões foram responsáveis por um acréscimo de quase R$ 1 bilhão. Em abril deste ano, antes dos reajustes, a Matriz de Responsabilidades apontava gastos na ordem de R$ 7,031 bilhões.

O aumento da conta ocorre até mesmo nos estádios já concluídos, como o Maracanã e o Mané Garrincha. No Rio, o governo afirmou que o aumento de R$ 59,7 milhões, divulgado na semana passada, está ligado ao "reajuste de preços e atualização monetária". Em maio, o custo do estádio já havia sofrido um acréscimo de R$ 277 milhões, ultrapassando pela primeira vez a marca de R$ 1 bilhão.

Em Brasília, o contrato assinado em 2010, o Mané Garrincha estava orçado em R$ 696 milhões. No entanto, 19 aditivos foram responsáveis por um acréscimo de R$ 337 milhões. Além disso, o custo da cobertura, dos assentos, do gramado e do placar eletrônico elevou a conta em mais R$ 193,1 milhões. Hoje, o estádio tem preço fixado em R$ 1,43 bilhão. Em 2009, a previsão era que a reforma do Maracanã custasse R$ 400 milhões. A construção do novo Mané Garrincha sairia por R$ 520 milhões .

Duas obras em andamento também tiveram os valores reajustados. Em Curitiba, o aumento de R$ 46 milhões ocorreu por conta do retardamento de um ano no cronograma. A Arena da Baixada está orçada, agora, em R$ 265 milhões. A Arena da Amazônia, por sua vez, passou de R$ 550 milhões para R$ 605 milhões.

Revisões

Desde a escolha do Brasil como organizador da Copa, o custo das obras dos estádios apresentou quatro valores diferentes. Na escolha das 12 cidades-sede, no dia 31 de maio de 2009, o montante já estava 67% maior que a previsão de outubro de 2007 –passou de R$ 2,3 bilhões para 3,7 bilhões.

No final de 2010, a primeira versão da Matriz de Responsabilidade trouxe outro valor: R$ 5,4 bilhões. Depois de 28 meses, a lista do governo apontava gastos de R$ 7,03 bilhões. Nos últimos meses, contudo, deu-se o maior reajuste no menor período: R$ 950 milhões em apenas oito semanas.

Com o novo valor, o Brasil aumentou a diferença nos gastos em relação às Copas de 2006 e 2010. Os estádios brasileiros, orçados em R$ 8 bilhões, custam duas vezes mais. Na Alemanha, o custo total das dez arenas foi de R$ 3,27 bilhões. Na África do Sul, 12 estádios saíram por R$ 3,6 bilhões.

Fonte: Portal 2014

Confira as mudanças na conta das obras dos estádios:

Previsão em maio de 2009: R$ 3,7 bilhões Previsão em maio de 2009: R$ 3,7 bilhões Custos em agosto de 2013: 7,98 bilhões
Arena da Baixada: Indefinido
Arena da Amazônia: 500 milhões
Arena das Dunas: 300 milhões
Arena Pantanal: 400 milhões
Arena Pernambuco: 500 milhões
Beira-Rio: 120 milhões
Castelão: 300 milhões
Fonte Nova: 400 milhões
Mané Garrincha: 520 milhões
Maracanã: 430 milhões
Mineirão: Indefinido
Morumbi: 300 milhões
Arena da Baixada: 184,5 milhões
Arena da Amazônia: 515 milhões
Arena das Dunas: 350 milhões
Arena Pantanal: 454,2 milhões
Arena Pernambuco: 529,5 milhões
Beira-Rio: 130 milhões
Castelão: 623 milhões
Fonte Nova: 591,7 milhões
Mané Garrincha: 745,3 milhões
Maracanã: 600 milhões
Mineirão: 426,1 milhões
Morumbi: 240 milhões
Arena da Baixada: 265 milhões
Arena da Amazônia: 605 milhões
Arena das Dunas: 350 milhões
Arena Pantanal: 519,4 milhões
Arena Pernambuco: 529,5 milhões
Beira-Rio: 330 milhões
Castelão: 623 milhões
Fonte Nova: 591,7 milhões
Mané Garrincha: 1,43 bilhão
Maracanã: 1,19 bilhão
Mineirão: 695 milhões
Arena Corinthians: 855 milhões

Fonte: Padrão