Não há como descolar a engenharia dos rumos impressos à economia e à gestão da infraestrutura do País. Infelizmente, o Brasil vem pagando alto preço pela falta de planejamento e de visão estratégica que, por diversos motivos, tornou-se nas últimas décadas a cultura dominante de nossas elites, mais preocupadas, na maioria das vezes, com as ações visando à vitória na próxima eleição do que no planejamento e execução de ações buscando superar os inúmeros gargalos que nos separam do mundo desenvolvido.
Tivemos progressos nos últimos anos, certamente. Mas eles ocorreram mais por ações localizadas nas esferas pública e privada, do que devido a um planejamento estratégico e rigoroso.
Impactado por recente viagem a Hong Kong, Taiwan, Emirados Árabes e Coreia do Sul, na qual verifiquei o abismo que nos separa do estágio de desenvolvimento desses países, não tenho dúvida de que só aproveitaremos nossas imensas potencialidades, quando nossas elites se preocuparem efetivamente com o planejamento, para que a sociedade consiga aproveitar a contribuição que somente a engenharia pode oferecer – desde que contratada por preços justos e com prazos adequados – para a superação de nossas deficiências estruturais. Senão, continuaremos discutindo o acessório, enquanto o essencial permanece inalterado, e isso é muito ruim.
Fonte: Revista O Empreiteiro
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