A produção acumulada no pré-sal já alcançou 250 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás) desde que foi iniciada a produção da camada pré-sal, na Bacia de Campos, em 2008. A informação foi dada na última quarta-feira (30) pelo gerente executivo de Exploração e Produção do pré-sal da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga, durante painel sobre o pré-sal na Offshore Technology Conference (OTCBrasil 2013), no Rio de Janeiro.

Segundo a estatal, a produção atual do pré-sal, de 329 mil barris dor dia (bpd), alcançada em setembro de 2013, já é oito vezes maior do que a produção média do pré-sal no ano de 2010, quando foram produzidos 42 mil bpd. "O Pré-sal já produziu 250 milhões de barris de óleo equivalente, mais do que toda a produção acumulada do campo de Garoupa, primeira descoberta da Petrobras na Bacia de Campos, em 1974, e que produz até hoje", disse o gerente.

O executivo também comparou o volume já descoberto no pré-sal da Bacia de Santos com outras grandes descobertas offshore realizadas nos últimos anos, no mundo. Segundo ele, o volume recuperável já declarado dos campos de Lula e Sapinhoá, mais o volume contratado da Cessão Onerosa é de cerca de 15,4 bilhões de barris de petróleo equivalente, o que equivale a uma vez e meia o volume recuperável do campo gigante de Kashagan, no Mar Cáspio, e 15 vezes o volume recuperável do campo de Thunder Horse, nos EUA.

A província do pré-sal como um todo, incluindo Bacia de Santos e Bacia de Campos, tem 149 mil km² e equivale a três vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro. Já a área do pré-sal sob contrato da Bacia de Santos, de cerca de 15 mil km², equivale a 650 blocos de exploração e produção da porção norte-americana do Golfo do México.

Desde a descoberta, em 2006, até dezembro de 2012, já foram perfurados 37 poços exploratórios no pré-sal da Bacia de Santos, com índice de sucesso superior a 90%. Considerando toda a província do pré-sal, o índice de sucesso supera 80% e o número de poços até o ano passado chegou a 80. "Esses números são fantásticos", afirmou Carlos Tadeu.

Atualmente, seis plataformas produzem no pré-sal na Bacia de Campos e três na Bacia de Santos, além de duas plataformas itinerantes que são utilizadas para testes de longa duração. A primeira plataforma a produzir no pré-sal foi a P-34, no campo de Baleia Franca, Bacia de Campos, em 2008. O primeiro sistema definitivo a entrar em operação no polo pré-sal da Bacia de Santos foi o Piloto de Lula, por meio do FPSO Cidade de Angra dos Reis, que hoje produz cerca de 100 mil barris por dia.


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Fonte: Redação OE