A Norte Energia, empresa que vem construindo a usina hidrelétrica Belo Monte, está refutando a versão difundida por indígenas da etnia Xikrin de que tentaram entrar pacificamente no Sítio Pimental no final da tarde de domingo (25/5) para negociar com a diretoria da Empresa. Ela diz que o que houve foi uma tentativa de invasão do sítio  onde está sendo construída a casa de força complementar. Seguindo a empresa, os fatos foram os seguintes:

1 – Desde a manhã do dia 23 último  toda e qualquer negociação com os indígenas ocorre diretamente no Km 27 da Rodovia Transamazônica (BR-230) e é acompanhada por autoridades públicas. Naquele  ambiente nunca houve, de parte dos Xikrin, solicitação de negociação no Sitio Pimental;

2 – Não há e nunca houve diretores da Norte Energia baseados no Sítio Pimental. Isto é de conhecimento das lideranças indígenas, que a qualquer momento são recebidas pela Superintendência de Assuntos Indígenas da Empresa;

3 – Ao contrário do que dizem os indígenas, o grupo que tentou invadir o Sítio Pimental estava armado de bordunas, como mostram imagens divulgadas pelo Jornal Liberal 2ª Edição de segunda-feira (26/5);

4 – É no mínimo inusitado considerar  como tentativa de negociação um ato sem qualquer aviso, no qual os interlocutores encontram-se a mais de 50 quilômetros e, o que é mais sintomático, num domingo, dia em que não há atividades nos canteiros de obra da Usina;

5 – O  acesso ao Sítio Pimental é feito por terra. A política de segurança da Norte Energia impede que embarcações não autorizadas atraquem na área, devido à grande circulação de veículos pesados, máquinas e guindastes;

As áreas da Usina Hidrelétrica Belo Monte têm Declaração de Interesse Público, divulgada no Diário Oficial da União. O empreendimento é uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal,  o que levou o Ministério da Justiça a determinar, por meio de portaria, a presença da Força Nacional nos canteiros da Usina.

Fonte: Nildo Carlos Oliveira