Foram muitas as viagens e múltiplas as obras pelo Brasil afora. Na Amazônia, Nordeste, Sudeste e em diversos países. E, em todos os sítios visitados, a presença da mão e do pensamento do empresário Norberto Odebrecht.
De Angola, passando pelo México, Panamá e outros países, lá estava a CNO, com o conceito do fundador expresso no trabalho, nas convicções dos gerentes de contratos e no método dos serviços, entre engenheiros e os demais trabalhadores. Eram os princípios da Tecnologia Odebrecht disseminados em cada obra, a fim de garantir “eficácia e clareza entre líderes e liderados”, estabelecendo “uma linguagem comum entre integrantes, formando aquilo que se convencionou chamar de Sistema de Comunicação Odebrecht.”
Não foi fácil o começo. E nunca seria fácil a garantia da trajetória. Imagino o jovem engenheiro Norberto Odebrecht, naqueles anos 1940, quando constituiu sua firma individual para continuar os trabalhos do pai, Emílio Odebrecht, mediante critérios novos, procurando impulsionar a empresa, a partir da Bahia, e avançar Brasil afora.
Desde aqueles primeiros anos ele sabia: para sobreviver, crescer e perpetuar, a empresa teria de possuir liderança forte. E, para ele, um líder precisa ter a responsabilidade de motivar, estimular, desafiar e criar condições para “partilhar com seus colaboradores, os resultados que eles ajudaram a construir”.
Uma das obras que marcou a trajetória da CNO foi a construção do Aeroporto Internacional do Galeão nos anos 1970. Depois, a empresa não deixaria de avançar cada vez mais. Os seus passos teriam a dimensão global.
Norberto, primeiro e, depois, seu filho, Emílio Odebrecht, receberam da revista O Empreiteiro, o título de “Homens da Construção do Ano”.
Norberto, que faleceu no dia 19 último, aos 93 anos, em Salvador (BA), deixa um legado para o País e para a engenharia brasileira, na qual permanecerá como um de seus maiores pioneiros.
Fonte: Nildo Carlos Oliveira
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