Ao longo de 30 anos, e ele sempre lá. Era o companheiro permanente no Sindicato da Construção Pesada, pronto para manter a ligação direta entre o jornalista, aqui fora, e as fontes de informação, lá dentro, a começar pela diretoria. E nunca houve uma vez sequer que haja descartado a possibilidade de deixar esse contato para depois. Sempre encontrava um meio de não deixar na mão quem o procurasse.
Mas o encontro com ele, fosse indo lá, fosse por telefone ou outros meios, não se restringia nunca aos assuntos de interesse voltado rigorosamente à informação a ser obtida no dia a dia. Havia essas gostosas escapadelas para o quefazer literário. E era aí que deslanchávamos mais, cada um com suas teses, livros e autores preferidos.
Assimilou e identificou-se com as tarefas do sindicato. Passavam as diversas diretorias, mas ele prosseguia lá dentro, acompanhando a política setorial , irrepreensivelmente afável com todos os colegas. Conforme disse dele o advogado Marco Tulio Bottino, diretor-executivo daquela entidade, “o relacionamento do dr. Guido com as muitas diretorias com que trabalhou foi sempre permeado de respeito mútuo e excelente entendimento. “
Guido cuidava, com minucioso rigor, do Informativo do Sinicesp e, depois, do Sinicesp em Revista, para o qual se apressava em me chamar a atenção, sobretudo, para os artigos de maior alcance sobre infraestruturas e outros temas nacionais.
Publicou vários livros. Dentre eles, Tudo a declarar e Corredeiras do tempo, não se esquecendo de atentar para alguma observação política ou alguma sutileza literária, nas dedicatórias que fazia.
Será muito difícil lidar daqui em diante com a ausência do jornalista e escritor Guido Fidelis. Ele faleceu aos 75 anos, no dia 16 último. Sem Adeus, Guido.
Fonte: Nildo Carlos Oliveira
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