A sondagem “Indústria da Construção”, divulgada pela CNI, revela que a situação atual “não é positiva”, e a perspectiva para os próximos três meses é pessimista, informa a Agência Brasil. Pela primeira vez, desde dezembro de 2009, o indicador de expectativa em relação a novos serviços e empreendimentos caiu para 49 pontos, em agosto – o que, segundo a CNI, “sugere queda nos próximos seis meses” também para a contratação de serviços, compra de matérias-primas e insumos, e no número de empregados do setor. Já o indicador relativo à expectativa para os próximos seis meses sobre o nível de atividade ficou em 49,6 pontos. Ainda segundo a pesquisa, em agosto, o indicador de expectativa de compras de matéria-prima caiu para 48,2 pontos, e o de número de empregados recuou para 48’,5 pontos.

A pesquisa da CNI foi feita entre 1º e 12 de agosto, com 572 empresas, das quais 193 de pequeno porte, 244 médias e 135 grandes. Os valores apresentados pela sondagem variam de 0 a 100 pontos. Quando abaixo de 50 pontos, os indicadores revelam expectativas negativas do empresariado.

Segundo o economista da CNI, Danilo Garcia, ouvido pela Agência Brasil, a falta de confiança dos empresários é resultado da retração da atividade no setor. Em julho, o indicador do nível de atividade caiu para 44,9 pontos; o de nível efetivo em relação ao usual baixou para 42,3 pontos; e o indicador de número de empregados recuou para 44,2 pontos — o menor da série histórica. Já o nível de utilização da capacidade instalada manteve-se em 69%.

Para Garcia, a expectativa é que a construção civil só volte a crescer quando houver mais confiança na economia. “Uma terceira edição do programa Minha Casa Minha Vida tem potencial de contribuição forte para melhorar a situação, principalmente para o setor de construção de edifícios”, acrescentou.

Fonte: Agência Brasil