A história de despoluição dos 380 km² de um dos mais belos cartões-postais do Rio é longa. Desde 2007 que o governo tenta efetivamente criar redes de esgoto e tratamento nas residências de mais de 8 milhões pessoas que vivem nos municípios no entorno da baía, mas nem a metade foi alcançada.
O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) afirma que essa política já pode ser sentida com melhoria da qualidade da água no chamado canal central da Baía de Guanabara, que vai desde a entrada no Pão de Açúcar até a Ilha de Paquetá – é neste trecho, inclusive, que as provas de vela da Olimpíada devem acontecer e o único empecilho seria o lixo flutuante, já que o trecho é próprio para banho.
De acordo com o governo, existem seis projetos de tratamento de esgoto lançado na baía em andamento: a ETE São Gonçalo (que passa por obras e deve entrar em operação até o final de 2014); a ETE Alcântara/São Gonçalo (em execução, que contará com 100 km de rede coletora); obras de esgotamento sanitário das áreas da Marina da Glória e das praias do Flamengo, de Botafogo, da Guanabara, e na Ilha do Governador; tronco coletor Cidade Nova (captará 1 mil litros de esgoto por segundo despejados no Canal do Mangue e levará para ETE Alegria); e construção e ampliação do sistema de coleta de esgoto da Baixada Fluminense, que será interligado às estações de tratamento de esgoto de Pavuna e Sarapuí.
Segundo o governo, está ainda em licitação a construção dos troncos coletores Faria-Timbó e Manguinhos, que captarão o esgoto dos complexos da Maré e do Alemão, encaminhando-o para a ETE Alegria.
As unidades de tratamento de rios (UTRs) também são outro projeto de saneamento da baía. As UTRs removem 80% de poluição de suas águas e estão sendo instaladas nos cursos de água que despejam esgoto na baía.
A Secretaria de Estado do Ambiente também iniciou a operação de ecobarcos — embarcações especiais de coleta de lixo flutuante. Os barcos recolhem em média 35 t de lixo por mês. Outros deverão ser mobilizados. Resta saber se estas ações serão cumpridas, como outras prometidas e não realizadas ao longo dos anos.
Fonte: Revista O Empreiteiro
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