Alguns dos terminais, cada um operado por empresa diferente, lembram movimentadas ruas de comércio
Eficiência é a palavra que comumente vem à lembrança, a propósito de minha passagem pelo Aeroporto Internacional O’Hare, de Chicago, no estado de Illinois, Estados Unidos, o segundo mais movimentado do país e o quinto do mundo, em volume de passageiros. Por ele, circulam 66 milhões de passageiros/ano. Todos os dias, portanto, uma multidão circula por ali, ocupando todas as instalações dos quatro terminais e exigindo o máximo de todos os serviços disponíveis. Certamente tem defeitos. Mas a eficiência dos serviços não permite que eles adquiram dimensão demasiada.
O’Hare surpreende logo na chegada. O contingente que ali aporta a caminho dos balcões da Imigração, procedente de várias regiões do mundo, vai sendo escoado rapidamente por causa da celeridade no atendimento e, logo mais, se dissolve. Há eficiência no serviço e na distribuição das bagagens, apesar da segurança rigorosa, conquanto não perceptivelmente ostensiva.
Da mesma forma, o embarque também é rápido. E o sistema de comunicação visual facilita todas as operações dentro da linearidade do aeroporto, cujos terminais são interligados por um trem com serviços gratuitos. E há um pormenor que chama a atenção: cada terminal é operado por uma companhia diferente.
O’Hare não resulta de um projeto de arquitetura implantado em área originalmente escolhida para esse fim. Foi concebido a partir da fábrica de aviões Douglas C-54, construída no local na época da 2ª Guerra Mundial. E até o nome é uma homenagem a um piloto – Edward O’Hare – que participou daquele conflito internacional.
A Douglas desocupou aquelas instalações em 1945, e o aeroporto foi ganhando forma até que, em 1950, O’Hare tornou-se o principal de Chicago e, em seguida, o segundo mais movimentado dos Estados Unidos. Possui cinco pistas que podem ser operadas simultaneamente. E embora a estrutura possa ser considerada antiga, o aeroporto é dotado de facilidades modernas: por onde quer que se ande há esteiras rolantes e serviços eficientes de computação. Mas não há serviço de wi-fi completamente gratuito. Não é pago apenas durante os primeiros 20 minutos. Depois, o usuário que cuide de colocar a mão no bolso.
O terminal da Delta, muito requisitado, se assemelha pela movimentação, em algumas horas do dia, à rua Direita, em São Paulo (SP). E a praça de alimentação é insuficiente para tanta demanda. Essa talvez seja a deficiência mais perceptível nesse aeroporto. Pelo menos naquele terminal.
E, diferentemente do que ocorre na maior parte dos aeroportos brasileiros, os passageiros que desembarquem em O’Hare e precisem chegar ao centro de Chicago podem dispor, imediatamente, de trens, ônibus e táxis. Esses serviços estão no piso térreo dos terminais 1, 2, 3 e 5, e as saídas ocorrem a cada 8 ou 10 minutos, ininterruptamente. Por tudo isso, uma das lembranças que fica do aeroporto de O’Hare é a sua eficiência.
Fonte: GTA
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