As chinesas China Railway Construction Corp e China South Locomotive and Rolling Stock lideram consórcio que concorre sozinho na disputa pela construção de uma linha de Trem de Alta Velocidade (TAV) no México. A ferrovia, que deve exigir investimento de US$ 4 bilhões, segundo estimativa do mercado, ligará a Cidade do México à Queretaro, cidade na região central do país, onde se concentra a indústria aeroespacial mexicana.
O processo licitatório, que começou em agosto, prevê a implantação até 2017 de um TAV para transportar 23 mil passageiros a 300 km por hora, entre as duas cidades. O consórcio, composto por oito companhias, incluindo as chinesas, foi o único a entregar proposta dentro do prazo estabelecido pelo governo.
O especialista Feng Hao, ressalta que a expertise chinesa na construção e operação de linhas de TAVs é conhecida no mundo inteiro. TAVs já funcionam há mais de cinco anos por várias regiões da China, com trens operando em terrenos e climas diferentes. Segundo ele, os chineses podem exportar para o México os próprios trens, além da tecnologia na construção da ferrovia.
A alemã Siemens, a francesa Alstom, a japonesa Mitsubishi e a canadense Bombardier optaram por não participar da licitação. Elas estão entre as 16 companhias internacionais que preferiram ficar de fora da disputa em virtude do tempo exíguo para apresentação de propostas.
O governo mexicano pretende dar início às obras da linha de TAV ainda em dezembro. No entanto, não descarta a possibilidade de promover uma nova disputa, se a única proposta apresentada pelo consórcio, que não atender a todos os requisitos da licitação. O resultado do certame está previsto para o próximo dia 3 de novembro.
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