As vendas do varejo de material de construção cresceram 2% em outubro sobre igual mês do ano passado. Na comparação com setembro, houve estabilidade. No acumulado do ano, o setor tem crescimento de 1,5%. Nos últimos 12 meses, o desempenho está 2% superior ao mesmo período anterior.

Os dados são do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Universidade Anamaco com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Instituto Aço Brasil, Anfacer, Afeal e Siamfesp. O levantamento ouviu 530 lojistas das cinco regiões do país entre os dias 28 e 30 de outubro e a margem de erro é de 4,3 pontos percentuais.

“Com os resultados de outubro, continuamos acreditando que poderemos fechar o ano com um desempenho 3,5% superior ao do ano passado, principalmente pelo aumento de vendas de caixas d’água, que vem sendo registrado em todo o Brasil. Há também um movimento de maior procura por louças sanitárias e metais economizadores de água, reflexo da pior crise hídrica já vivida pelo nosso País. As pessoas sabem que racionamento é a palavra do momento, muitas delas estão tentando armazenar mais água, incluindo água das chuvas, para tentar amenizar os reflexos da crise em suas regiões”, explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.

No mês de outubro, a venda de telhas e caixas d’água cresceu 5%. Outros segmentos que apresentaram aumento de vendas foram revestimentos cerâmicos (8%), tintas (3%), fechaduras e ferragens e louças sanitárias (2% cada). Já aço teve queda de 7%, assim como cimento, que caiu 5% e metais sanitários em geral, que tiveram queda de 1%.

No levantamento por regiões, os resultados mais desfavoráveis foram registrados no Centro-Oeste, onde o setor teve retração de 14%. Por outro lado, a região Sul registrou crescimento de 6%. “Sudeste e Nordeste apresentaram pequenas retrações. A queda ocorreu em lojas menores, enquanto as médias e grandes melhoraram seus índices”, declara Conz.

Segundo ele, o otimismo dos lojistas voltou a crescer após o período de eleições. “Qualquer mudança no País gera desconfiança do cliente. Ele segura novos investimentos, deixa a reforma para depois que passar o período de campanha. Agora que o período eleitoral passou, aumentou de 36% para 41% o número de lojistas que estão otimistas com relação às ações do Governo nos próximos 12 meses”, diz o presidente da Anamaco.

A pesquisa também revelou que aumentou a intenção de contratar novos funcionários em todas as regiões, provavelmente devido ao impacto a proximidade das festas de final de ano. Já a pretensão de novos investimentos nos próximos 12 meses aumentou no Sul e no Centro-Oeste, mas retraiu nas demais regiões.

“Em setembro também aumentou o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis, somando R$ 10,3 bilhões segundo dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Foi o melhor setembro dos últimos 20 anos. Só nos primeiros nove meses de 2014, foram destinados R$ 83,1 bilhões à aquisição e construção de imóveis, quase 5% mais do que o mesmo período de 2013. Tudo isso vai nos ajudar a fechar o ano com um aumento de vendas 3,5% superior a 2013, quando tivemos faturamento recorde de R$ 57,42 bilhões”, finalizou Conz.

Fonte: Anamaco