A crise hídrica no Estado de São Paulo abriu os olhos de administradores e empresários para um elemento essencial na vida das pessoas e na atividade industrial: a água. Em cada um destes setores, a água é exigida de uma maneira, mas até então era proveniente da mesma fonte, que está ameaçada de secar. Como a prioridade é o consumo humano, as fábricas precisam encontrar outras opções para evitar que suas atividades parem. Uma das saídas é a água de reúso.

 

Responsável por abastecer o polo petroquímico do ABC, o Aquapolo, uma parceria da Odebrecht Ambiental e da Sabesp, produz água de reúso industrial do esgoto gerado pela população. Com a oferta desta água, as empresas deixam de consumir água potável, que abastecia anteriormente sua planta industrial. A substituição do consumo de água potável pela água de reúso por parte das fábricas colabora com a disponibilidade do recurso hídrico para o consumo da população. Em 20 meses de operação, o projeto produziu cerca de 20 milhões de litros, o que garantiu a liberação de água potável para abastecimento de 3,6 milhões de pessoas por um mês.

 

A diminuição do impacto da atividade econômica no sistema de abastecimento das cidades é fundamental no cenário atual e futuro. Os clientes do Aquapolo contam com uma estabilidade operacional, quantidade e qualidade garantidas, liberam outras fontes para a população, além de ter vantagens financeiras, como a diminuição dos custos com água, e dos custos de manutenção, pois passam a trabalhar com uma água mais apropriada à sua cadeia produtiva.

 

*Marcos Asseburg é diretor-presidente do projeto Aquapolo.

Fonte: Revista O Empreiteiro