Por Elton de Souza Góes*

 

Se há algo que todos os profissionais e empresas, independentemente da especialidade, afirmam com veemência é que “falta muito” para que o setor de impermeabilização seja percebido pelos demais segmentos da indústria da construção civil de forma compatível com a sua relevância. É bem verdade, infelizmente.

 

É fato, também, que o cenário já evoluiu muito e, nisso, o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI) teve um relevante papel. Prova disso, é que muitas iniciativas não teriam sido sistematizadas, e oportunamente entregues à indústria da construção civil, sem o empenho da entidade. 

 

A quem recairia, por exemplo, a manutenção dos fóruns de discussão normativa da ABNT – CB-22 no tema impermeabilização? E quem estruturaria o conjunto normativo perante a norma regulamentadora NR18, mantida pelo Ministério do Trabalho, regulamentando aspectos de segurança e saúde do aplicador da área nos canteiros de obra?

 

Essas respostas e, principalmente, ações, passam pelo IBI e seus associados – que merecem todos os créditos ao possibilitar ao Instituto uma atuação fortemente engajada no desenvolvimento de iniciativas capazes de perpetuar as melhores práticas no setor.

 

Um exemplo recente foi a produção editorial, pela qual o IBI foi o responsável técnico conjuntamente com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), que gerou um guia voltado à autoconstrução: Mãos à Obra, da editora Alaúde.

 

Dentre suas iniciativas de aproximar fabricantes e instaladores, o IBI estruturou e disponibiliza para a sociedade o curso de Gestão de Projetos de Impermeabilização, uma verdadeira ferramenta de disseminação técnica e de orientação aos profissionais do setor.

 

Outra ação prática, e de valor incontestável para a evolução deste mercado, está na realização do Simpósio Brasileiro de Impermeabilização, que já está em sua 14ª edição. Organizado e promovido pelo IBI, o evento polariza o principal momento de reflexão técnica do setor e evidencia a necessidade de preservação estrutural de qualquer edificação.

 

Muito se fez… mas há muito por se fazer. Essa consciência é de todos que fazem da “impermeabilização” o seu dia a dia. Neste sentido, ações que promovam nossa atividade na indústria como um todo; iniciativas voltadas à capacitação de mão de obra; esforços na direção da exigibilidade de projetos específicos de impermeabilização contemplados no projeto principal; cumprimento de padrões de qualidade quando da contratação de serviços de instalação de impermeabilizantes pelas construtoras, entre muitas outras frentes, fazem e farão parte da pauta de nossas atenções e ações.

 

*Elton de Souza Góes é presidente do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI).

 

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