O escoamento da produção agrícola, industrial e de minérios na região Sudeste do País exigirá investimentos públicos ou privados no valor de R$ 63,2 bilhões em melhorias de vias de transporte rodoviário, ferroviário e hidroviário até 2020, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Denominado Projeto Sudeste Competitivo, o trabalho foi elaborado em parceria com as federações industriais de São Paulo, Espírito Santos, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O estudo sugere que deveriam ser executadas com urgência 86 obras, englobando rodovias, ferrovias, portos, estações de transbordo e dutos para transporte de minérios. O levantamento indica que os projetos propiciarão economia anual de R$ 8,9 bilhões, depois de implantados. Das 86 obras apontadas como emergenciais, apenas 16 estão em andamento. As outras estão em projeto ou em análise do poder público.
O estudo identifica oito rotas prioritárias. O documento cita, entre essas rotas, a BR-116 – que liga a Região Sul ao Nordeste. A BR-116 opera com o dobro de capacidade em múltiplos trechos da rodovia. O documento informa que outra rota prioritária – a BR-262 – no trecho entre Bela Vista (MG) e Belo Horizonte, recebe 32% mais carga do que prevê sua capacidade.
“Projetos de infraestrutura têm longo tempo de maturação. É preciso planejamento e governança para dotar nossa malha de transportes de condições condizente com o tamanho da economia brasileira”, disse, por meio de nota, Olavo Machado, presidente do Conselho de Infraestrutura da CNI.
De acordo com a CNI, o setor produtivo do País gasta R$ 108,4 bilhões, anualmente, com custos de transporte – incluindo fretes, pedágios, custos de transbordo, terminais, tarifas portuárias. Esse montante corresponde a 4,5% do Produto Interno Bruto (soma das riquezas produzidas pelos estados da região). Conforme o documento, se não forem realizados os investimentos previstos, os custos logísticos podem subir para R$ 162,8 bilhões, em 2020.
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