A Arup desenvolveu um masterplan para a revitalização da região de Beira Foz, em Foz do Iguaçu, na orla do Rio Paraná. O objetivo é a implantação planejada de uma nova área com potencial turístico, próxima ao centro histórico da cidade. Essa etapa é parte do Beira Foz, projeto que prevê a renovação urbana das margens dos rios da cidade, com foco no desenvolvimento socioeconômico, sustentável e do turismo, e que teve início no ano passado.
O escopo da Arup, empresa multidisciplinar de engenharia e consultoria, envolveu desenho urbano, estratégias de transporte e mobilidade, consultoria em sustentabilidade, infraestrutura urbana e pré-viabilidade econômica. O masterplan está baseado em princípios sustentáveis e na dinamização de atividades turísticas, com uma proposta que se integra à malha urbana existente.
O desenho urbano focou na estruturação de espaços livres e de mobilidade integrados às áreas verdes existentes, e também numa remodelação do sistema viário que privilegie pedestres e ciclistas. Além disso, foram desenvolvidas as estratégias para a viabilização do projeto, como plano urbanístico, modelo de gestão e viabilidade financeira.
Para Gilmar Piolla, presidente do Fundo Iguaçu e superintendente de comunicação social da Itaipu Binacional, o Beira Foz é um conjunto de intervenções urbanísticas e, a longo prazo, uma estratégia de desenvolvimento econômico, turístico, social, de lazer e de preservação. É também um projeto de segurança de fronteira. Está sendo articulado pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, pois a definição de zoneamento e da estratégia de ocupação do solo depende do poder público municipal, e está baseado numa plataforma de investimentos públicos e privados, por meio de operações urbanas consorciadas e de parcerias público-privadas (PPPs)”.
Pablo Lazo, diretor adjunto de planejamento urbano da Arup, destaca entre os elementos inovadores do projeto a qualificação do espaço público, uma vez que há poucos locais com qualidade para uso da população. “Assim, a integração entre a área do masterplan e a cidade existente são fundamentais para promovermos uma cidade sustentável ao alcance de todos.”
De acordo com Piolla, algumas atividades já estão em andamento, como a revitalização da Ponte da Amizade e do Marco das Três Fronteiras. “Agora precisamos também incluir as operações urbanas consorciadas sugeridas pela Arup e definir o seu escopo”, diz.
Também serão realizados os desenhos das PPPs, que precisam ser estudadas em diferentes modelagens para se avaliar o melhor modelo a ser aplicado na cidade. As próximas etapas também incluirão a revisão da Lei sobre Áreas Especiais e de Locais de Interesses Turístico. Ainda estão previstas a criação de uma organização gerenciadora do projeto e a definição dos instrumentos de desenvolvimento urbano a serem adotados.
Fonte: Arup
Compartilhar
Compartilhar essa página com seus contatos!