A construção de um oleoduto de 1.120 km de extensão e custo de US$ 4,5 bilhões na África Oriental mudou de rumo. É que a Uganda propôs uma segunda rota, com 1.410 km de extensão e percurso através da Tanzânia ao Oceano Índico.

O acordo original entre o Quênia e Uganda foi a construção de um oleoduto para transportar petróleo bruto a partir de Hoima, na região do lago Albert, em Uganda – onde a Tullow Oil descobriu uma reserva estimada de 600 milhões de barris de petróleo – até o porto de Lamu, no Quênia, que está em expansão de capacidade.

Porém, uma cúpula de Projetos de Integração do Norte da África, em Kampala, no Quênia, os presidentes do Quênia e Uganda anunciaram que os dois países vão agora construir dois oleodutos separados para o transporte de petróleo bruto, a partir da África Oriental para os portos do Oceano Índico de Tanga, na Tanzânia, e Lamu.

A linha do Quênia será executada a partir de Lokichar, localizado na parte norte daquele país, até Lamu. Já a outra linha sai de Hoima e segue para Tanga. Ambos os projetos estão em fase de estudos. Os ugandeses alegam o custo mais barato do transporte do petróleo por Tanga ser o motivo de criação da segunda rota, mas especialistas acreditam que a mudança pode estar relacionada ao fato do Quênia hoje ser alvo do terrorismo.

Fonte: Redação OE