A Gerdau encerrou o ano de 2016 com receita líquida consolidada de R$ 37,7 bilhões, uma redução de 14% em relação a 2015 decorrente, principalmente, dos menores volumes de vendas de aço em todas as operações e da alienação das unidades aços especiais da Espanha. As vendas físicas e a produção somaram 16 milhões de toneladas, apresentando, respectivamente, decréscimo de 8% e 7% em relação ao ano anterior.

O resultado da Gerdau no ano de 2016 também foi influenciado por itens não-recorrentes, relativos a baixas contábeis, principalmente de imobilizados e ágio, no valor de R$ 2,9 bilhões, sem impacto no caixa. Com isso, a empresa está apresentando o EBITDA e lucro líquido ajustados, de forma a melhor refletir seu desempenho e o respectivo trabalho interno de gestão em todas as suas operações. Nessa linha, a geração de caixa operacional (EBITDA) ajustada, sem os itens não-recorrentes, alcançou R$ 4 bilhões, 10% de redução frente a 2015, em virtude do menor lucro bruto, parcialmente compensado pela redução de R$ 343 milhões nas despesas com vendas, gerais e administrativas. O lucro líquido consolidado ajustado, por sua vez, foi de R$ 91 milhões e, considerando os itens não-recorrentes, o resultado contábil foi negativo em R$ 2,9 bilhões.

“Apesar dos desafios do setor do aço globalmente e da recessão econômica no Brasil, atingimos resultados positivos no exercício e, ao mesmo tempo, cumprimos as prioridades estabelecidas para 2016, graças ao forte esforço de gestão de nossas equipes em todas as operações. Em 2016, alcançamos R$ 2,3 bilhões de geração de caixa livre, reduzimos os investimentos em 43% em relação ao ano anterior e diminuímos em 13% as despesas gerais, administrativas. Com isso, conseguimos reduzir a dívida liquida em 26% e melhorar nossos indicadores de alavancagem. Somam-se a isso os desinvestimentos de R$ 1,3 bilhão realizados em 2016, fruto de nossa estratégia de focar em ativos com maior rentabilidade. Diante de todos esses movimentos, tivemos nossos esforços reconhecidos pelo mercado de capitais ao longo do ano, o que se refletiu na expressiva alta das ações da Gerdau e da Metalúrgica Gerdau em 2016, afirma o diretor-presidente (CEO) da Gerdau, André B. Gerdau Johannpeter.

 

Ao longo dos doze meses de 2016, as vendas físicas caíram em todos os mercados atendidos pela Gerdau. No mercado interno brasileiro, foram comercializados 3,7 milhões de toneladas em 2016, retração de 13% frente a 2015 pelo menor nível de atividade da construção civil e da indústria. No entanto, as exportações a partir do Brasil apresentaram aumento de 9%, atingindo 2,4 milhões de toneladas, devido ao esforço comercial realizado junto ao mercado internacional.

A Gerdau segue executando sua estratégia de focar em seus ativos de maior rentabilidade e, em 2016, os desinvestimentos totalizaramR$ 1,3 bilha~o, considerando o seu valor econo^mico,relativos à venda das unidades de aços especiais na Espanha, de uma usina de aços longos na Colômbia, da Cleary Holdings Corp (produtora de coque e detentora de reservas de carvão coqueificável na Colômbia), da participação de 30% na empresa Corporación Centroamericana del Acero e de unidades de transformação e terrenos nos Estados Unidos. Desde 2014, os desinvestimentos já somam R$ 2,4 bilhões. Ao longo desses três anos, foram vendidos 13 ativos nos Estados Unidos, na Europa e na América Latina.

Fonte: Redação OE