Os quatro aeroportos concessionados à iniciativa privada em março desse ano passa hoje por trabalhos emergenciais. A expectativa é de que no início de 2018 comecem as principais obras previstas em contrato envolvendo terminais, pistas, pátio e estacionamento.
O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), sob a gestão do grupo alemão Fraport AG Frankfurt por 25 anos, tem como obras previstas a ampliação do terminal de passageiros e do pátio de aeronaves, ampliação da pista de pousos e decolagens para 3,2 mil m, e aumento de vagas de estacionamento.


A previsão de investimentos é de, no mínimo, R$ 1,902 bilhão. O terminal de passageiros passará dos atuais 40 mil m² para 70 mil m². A ampliação do pátio de aeronaves prevê 14 pontes de embarque e oito posições remotas. O estacionamento será aumentado para 4,3 mil vagas.A ampliação da pista de pousos e decolagens do aeroporto é uma das obras mais esperadas, com aumento de 920 m, de 2.280 m para 3,2 mil m.


O aeroporto que atende a capital gaúcha tem capacidade para 15,3 milhões de passageiros/ano, mas o número hoje é menor que este. Porém, a previsão para 2042, ou seja, 25 anos depois da concessão, é de o volume aumentar para 22,84 milhões de passageiros/ano.


O Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis (SC), sob concessão durante 30 anos da suíça Zurich, terá como um dos primeiros trabalhos a construção de um novo terminal de passageiros nos dois primeiros anos de contratos, perfazendo 66 mil m² de área construída – nesse período, serão desembolsados R$ 618 milhões em obras.


A concessionária terá também que investir em um novo estacionamento, previsto ter 65 mil m². Um novo pátio de aeronaves deverá ser feito e medirá 63 mil m². Haverá também recapeamento e ampliação das pistas existentes e construção de novas pistas de táxi aéreo.


O terminal existente deverá se reformado para se tornar ponto de embarque e desembarque da aviação geral. Por fi m, será feita a disponibilização de área de 15 mil m² para locadoras de veículos em frente ao novo estacionamento.


No total, durante o período da concessão, serão investidos R$ 988 milhões.O Aeroporto Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador (BA), agora sob gerenciamento do grupo francês Vinci, terá investimento mínimo de R$
2,35 bilhões durante o prazo de concessão de 30 anos. O aeródromo movimenta hoje 9 milhões de passageiros/ano, mas no fi nal do concessão esse número poderá alcançar 39,9 milhões de passageiros/ano.


Entre os trabalhos principais a serem realizados estão ampliação do terminal de passageiro, do estacionamento e do pátio de aeronaves. Na primeira fase de obras, novas 17 pontes de embarque serão instaladas, além de 10
posições remotas.


Há previsão também de construção de nova pista de pousos e decolagens, com 2.160 m. O contrato prevê a revisão e melhoria do sistema de iluminação do complexo, revisão dos sistemas de climatização, escadas rolantes, esteiras rolantes, elevadores e esteiras para restituição de bagagens, e correção de falhas em paredes, pisos e forros (inclusive área externa) nos prédios existentes. A reforma do terminal existente aumentará a sala de embarque de 218 m² para 573 m².


A alemã Fraport AG Frankfurt também levou a concessão por 30 anos do Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza (CE). Os investimentos previstos são de R$ 1,4 bilhão. Entre os principais trabalhos a serem realizado está a ampliação do terminal de passageiros. Hoje, o aeródromo processa 5,6 milhões de passageiros/ano, mas até o final da concessão deverá ter a capacidade de receber 29,2 milhões de passageiros/ano.


Todo o sistema de bagagem será renovado. O aeroporto deverá ter 12 pontes de embarque – atualmente possui sete. Depois, mais duas serão implementadas.


A pista de pouso e decolagem será ampliada de 2.545 m para 2.755 m. Já o pátio terá que acomodar no total 21 aeronaves – hoje são 16.