Por Moisés Carvalho Pereira*

O ramo imobiliário e da construção civil vivem uma estagnação desde 2015, por conta da crise econômica e política que o País está atravessando. Mesmo assim as pessoas que se planejaram e tinham uma boa reserva guardada aproveitaram as ofertas e preços baixos para fazer a aquisição de seus imóveis. Apesar da incerteza na economia, para o consumidor o cenário ficou favorável, pois há muita oportunidade de investimento em lotes, casas e apartamentos.
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Por outro lado, as construtoras e loteadoras precisaram ajustar os valores para continuar vendendo e mantendo o fluxo de caixa necessário para seus compromissos.

No início do segundo semestre de 2017, o cenário brasileiro começou a melhorar e a economia já está mostrando sinais de retomada.

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Mas como será o próximo ano para a construção civil e o setor imobiliário?

Quais os desafios que vêm pela frente e quais serão as oportunidades para os possíveis consumidores e as empresas do ramo?

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Dados do Índice de Confiança da Construção (ICST) brasileira mostram que o setor teve alta de 0,5 ponto em outubro e foi a 78 pontos, a máxima desde fevereiro de 2015 (80,8 pontos). Isso indica que há um fortalecimento na retomada dos investimentos.

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Começamos a perceber uma recuperação de outros setores e que logo chegará ao imobiliário. Por enquanto, alimentício, automobilístico e vestuário estão voltando a crescer, e a partir de 2018, com retomada dos financiamentos bancários, será a vez da construção civil.
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Um dos principais desafios para a melhora significativa da economia é a oferta de vagas no mercado de trabalho. O emprego é um dos maiores impulsionadores do setor imobiliário. A boa notícia é que, recentemente, o governo anunciou que os investimentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) podem gerar milhões de empregos diretos no Brasil até 2021.

Somente no próximo ano, de acordo com a proposta, a aplicação dos recursos vai gerar 1.

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749.891 novas vagas.

Isso é muito importante já que o ramo da construção civil é um dos que mais emprega em todo o País. E segundo o Ministério do Trabalho, serão mais 1,22 milhão de vagas anuais na área de habitação popular.

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O setor será responsável pela maior parte da geração de empregos nos próximos quatro anos, já que receberá R$ 64 bilhões em investimentos até 2021.

Sendo assim, o ano de 2018 e os próximos prometem boas mudanças econômicas e políticas, será um ano de eleição, possibilidade de novos governantes, o que contribui para uma retomada da confiança de investidores e da população. Por essa razão, é possível acreditar que o setor imobiliário voltará a crescer e a esperança de todos é poder voltar a patamares de 2010, no qual o poder de consumo era alto, a oferta de crédito era boa e a sensação de otimismo pairava no mercado.

*Moisés Carvalho Pereira, é sócio-diretor do Grupo Buriti, um dos maiores grupos empreendedores em desenvolvimento e planejamento urbanístico do Brasil.