máquinas john deere na m&t expo

Começou hoje (26/11), em São Paulo (SP), a principal feira da indústria de equipamentos e máquinas pesadas da América Latina, a M&T Expo. A expectativa da Sobratema, organizadora do evento ao lado da alemã Messe Muechen (promotora também da Bauma), é que somente 2020 o setor se recupere.

Na abertura da feira, Afonso Mamede, presidente da Sobratema, apontou “cenário difícil e prolongado” vivido pela economia nos últimos tempos. Estudo da entidade, porém, indica otimismo de 86% das construtoras e locadoras com relação ao mercado daqui a dois anos.

No entanto, em 2019, a expectativa do número de vendas de máquinas é quase a mesma de 2018. Esse ano, o mercado alcançou no total 17.855 equipamentos vendidos – esse índice em 2017 foi de 12.900. O avanço em 2018, segundo a Sobratema, estaria relacionado a algumas obras de infraestrutura retomadas na esfera pública.

Em 2019, a projeção para a venda de máquinas e equipamentos deve girar entre 17.470 e 18.573. “Será um crescimento tímido”, avalia o consultor Fernando Garcia.

A recuperação consistente daqui a dois anos está bastante relacionada às obras provenientes de privatizações, concessões e PPPs que devem ocorrer no novo governo, e retomada de obras paralisadas.

Sobre os problemas ainda enfrentados pelo setor de construção civil devido à falta de financiamento e o alto endividamento, Afonso Mamede disse que o problema deve ser equacionado na medida em que construtoras daqui e de fora forem ocupando o mercado.

“Assistimos empresas menores crescendo e estrangeiras entrando no País. Não vejo problema de retomada por conta da disponibilidade de construtora”, afirma. Segundo ele, o que atrapalhou as construtoras foi “não ter horizonte econômico”. Além disso, o executivo acredita que é preciso trabalhar a questão do ambiente jurídico para retomada das obras em infraestrutura.

A entidade acredita que até 2022 o mercado de máquinas e equipamentos pesados alcance vendas anuais entre 25 mil e 30 mil. O PIB da construção civil, segundo estudo da Sobratema, caiu 22,8% entre os anos de 2013 e 2018. (Augusto Diniz)

 

 

 

 

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