O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) atingiu 61,9 pontos em janeiro, crescimento de 2,8 pontos na comparação com dezembro (59,1 pontos). O resultado mostrou empresários confiantes pelo nono mês consecutivo, com indicador acima dos 50 pontos –limite entre confiança e falta de confiança.
Na comparação com janeiro de 2019, o índice aumentou 2,8 pontos e foi o mais elevado para o mês em nove anos. O Iceicon nacional registrou 64 pontos em janeiro, avanço de 0,9 ponto em relação a dezembro (63,1 pontos), e apontou construtores confiantes.
O Iceicon-MG é resultado da ponderação dos índices de condições atuais e de expectativas, que variam de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos apontam percepção de melhora na situação atual e expectativa positiva para os próximos seis meses, respectivamente.
O componente de condições atuais melhorou pela sétima vez consecutiva e cresceu 0,2 ponto entre dezembro (55,9 pontos) e janeiro (56,1 pontos). O indicador mostrou que os construtores estão mais satisfeitos com as condições da economia mineira e de suas empresas. O índice ficou expressivos 6,2 pontos acima do apurado em janeiro de 2019 (49,9 pontos) e foi o maior desde junho de 2011 (58,9 pontos).
O componente de expectativas alcançou 64,8 pontos em janeiro, elevação de 4,4 pontos frente a dezembro (60,4 pontos), e apontou otimismo dos empresários pelo 16º mês seguido. Os construtores mostraram que estão com perspectivas positivas com relação às economias do país e do Estado e às empresas para os próximos seis meses. O índice foi 1,1 ponto superior ao de janeiro de 2019 (63,7 pontos) e o melhor para o mês em oito anos.
Cenário para a indústria da construção mineira segue favorável
Dados da Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais em dezembro registram queda da atividade e do número de empregados, como é usual para o mês. Entretanto, o recuo foi o menos intenso para dezembro nos últimos sete anos.
No quarto trimestre de 2019, os indicadores financeiros apresentaram melhor desempenho frente ao trimestre anterior e ao último trimestre de 2018. Todavia, ainda retrataram a insatisfação dos empresários em relação à margem de lucro operacional, à situação financeira e ao acesso ao mercado de crédito. Entre as principais dificuldades enfrentadas pelos construtores, a elevada carga tributária foi a mais mencionada pelo segundo trimestre consecutivo.
Os empresários continuaram otimistas quanto ao nível de atividade, aos novos empreendimentos e serviços e ao número de empregados nos próximos seis meses. Além disso, as intenções de investimento subiram, atingindo o maior nível para janeiro em seis anos.
Desempenho da indústria da construção mineira
O índice de atividade da construção recuou 3,4 pontos entre novembro (48,6 pontos) e dezembro (45,2 pontos), mostrando queda mais intensa da atividade. Contudo, o indicador cresceu 3,3 pontos em relação a dezembro de 2018 e atingiu o nível mais elevado para o mês em sete anos.
A atividade permaneceu inferior a habitual para o mês, ao ficar abaixo dos 50 pontos. No entanto, o índice de atividade em relação à usual aumentou 4,1 pontos na passagem de novembro (36,7 pontos) para dezembro (40,8 pontos), a segunda elevação consecutiva.
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O indicador também ficou acima do apurado em dezembro de 2018 (29,1 pontos), em expressivos 11,7 pontos.
O índice de evolução do número de empregados registrou 45,4 pontos em dezembro, apontando retração do emprego. O indicador caiu 2,8 pontos na comparação com novembro (48,2 pontos).
Por outro lado, o índice avançou 5,3 pontos em relação a dezembro de 2018 (40,1 pontos) e foi o mais alto em sete anos.
Condições financeiras da indústria da construção mineira
Os indicadores financeiros são divulgados trimestralmente e medem a satisfação dos empresários da construção com o lucro operacional, com a situação financeira e com as condições de acesso ao crédito. Valores abaixo de 50 pontos indicam insatisfação dos empresários do setor.
Lucro operacional e situação financeira
O índice de satisfação com a margem de lucro operacional avançou 4,9 pontos entre o terceiro trimestre (36,9 pontos) e o quarto trimestre de 2019 (41,8 pontos), mostrando menor insatisfação dos construtores com o lucro operacional de suas empresas. O indicador também cresceu, em 11,1 pontos, na comparação com o quarto trimestre de 2018 (30,7 pontos), e foi o mais elevado para o período em seis anos.
O índice de satisfação com a situação financeira aumentou 4,2 pontos no quarto trimestre de 2019 (46,9 pontos), em relação ao trimestre anterior (42,7 pontos). O resultado apontou empresários menos descontentes com a situação financeira de seus negócios. O índice cresceu 7,8 pontos na comparação com igual trimestre de 2018 (39,1 pontos) e foi o melhor desde o quarto trimestre de 2012 (54,6 pontos).
Acesso ao crédito
O índice que avalia as condições de acesso ao crédito marcou 42,9 pontos no quarto trimestre de 2019, acréscimo de 5,8 pontos frente ao terceiro trimestre (37,1 pontos). A melhora do índice sinaliza menor dificuldade de acesso ao crédito pelos construtores. O indicador cresceu expressivos 13,2 pontos na comparação com o último trimestre de 2018 (29,7 pontos) e foi o mais elevado para o período em seis anos.
Problemas enfrentados pela indústria da construção mineira
No quarto trimestre do ano, a elevada carga tributária permaneceu como o maior problema enfrentado pela indústria da construção, com 39,5% das assinalações. O item recebeu mais citações que na pesquisa anterior (36,4%), quando também ficou na primeira posição no ranking.
A demanda interna insuficiente recebeu 28,9% das marcações, passando da terceira posição, na pesquisa anterior, para a atual segunda colocação. A inadimplência dos clientes (23,7%) alcançou o terceiro lugar, subindo duas posições em relação ao trimestre anterior.
Expectativas da indústria da construção mineira
Os índices de expectativa demonstram a percepção dos empresários com relação à evolução do nível de atividade, dos novos empreendimentos e serviços, da compra de insumos e matérias-primas e do emprego para os próximos seis meses. Valores abaixo de 50 pontos indicam expectativas de queda.
Os construtores anteveem o avanço do nível de atividade nos próximos seis meses, com índice de 57,5 pontos em janeiro.
O indicador segue acima de 50 pontos desde novembro de 2018. O índice cresceu 3,1 pontos na comparação com dezembro (54,4 pontos) e 0,7 ponto frente a janeiro de 2019 (56,8 pontos), e foi o maior para o mês em oito anos.
Os empresários da construção também esperam expansão das compras de insumos e matérias-primas, conforme indicador de 56,7 pontos em janeiro. O índice aumentou 0,7 ponto em relação a dezembro (56,0 pontos) e 0,3 ponto na comparação com janeiro de 2019 (56,4 pontos), e foi o mais elevado para o mês em oito anos.
O indicador de novos empreendimentos e serviços registrou 54,8 pontos em janeiro, avanço de 1,2 ponto em relação a dezembro (53,6 pontos). O índice mostrou, pelo oitavo mês seguido, que os construtores esperam crescimento da oferta de novos empreendimentos e serviços nos próximos seis meses. Contudo, o indicador recuou 1,8 ponto frente a janeiro de 2019 (56,6 pontos).
O indicador de evolução do número de empregados registrou 55,4 pontos em janeiro, com pequena queda de 0,2 ponto na comparação com dezembro (55,6 pontos). O índice permanece há 14 meses acima de 50 pontos, sinalizando expectativa de aumento das contratações no curto prazo. O indicador recuou 0,9 ponto frente a janeiro de 2019 (56,3 pontos).
Intenção de investimento
O índice de intenção de investimento cresceu 2,4 pontos em janeiro, registrando 44,5 pontos. Na comparação com janeiro de 2019 (36,6 pontos), o indicador aumentou 7,9 pontos, e foi o melhor para o mês em seis anos.
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