Os últimos dois dos 18 pilares estão em fase final de execução e a montagem das seções metálicas do tabuleiro já somam 400 m, numa extensão total de 1067 m. A 8ª seção içada pesava 456 t e foi fabricada em estaleiro naval. Estima-se que a estrutura esteja concluída no próximo verão europeu em meados deste ano –menos de dois anos após o colapso do viaduto original, de autoria do conhecido projetista Morandi. A empresa Italferr projetou o novo viaduto, que foi premiada no evento global Year in Infrastructure da Bentley Systems em Singapura, em outubro passado.
O colapso do viaduto Polcevera ocorreu em agosto de 2018, durante chuvas pesadas, quando uma das torres da estrutura estaiada e uma seção de 260 m do tabuleiro caíram da altura de quase 50 m, causando 43 vitimas fatais. O relatório sobre as causas do acidente foi publicado no ano passado, indicando que alguns testes de segurança poderiam ter sido falsificados. A operadora Autostrade criticou as conclusões alegando que suas análises técnicas não foram consideradas e seus engenheiros não tiveram acesso à investigação.
Italferr foi contratada para desenvolver o projeto executivo pelo consórcio PerGenova, baseado em projeto do escritório Renzo Piano—para reconstruir a ligação rodoviária que é crucial para Genova, a região de Liguria, e para o país—como parte da rodovia A10. Ao contrario da estrutura Morandi, optou-se pela simplicidade e rapidez de construção, deixando de lado o aspecto monumental do futuro viaduto.
Os 18 pilares de concreto armado tem seção elíptica a intervalo de 50 m, exceto os vão que vão cruzar o rio Polvocera e os adjacentes, distantes 100 m entre si. O tabuleiro principal é uma viga contínua de 1067 m, de 27 m de largura, cerca de 5 m de altura, composta por 19 vigas caixão metálicas, que receberão capa de concreto compósito de 27 cm.
Um modelo BIM 4D foi desenvolvido, envolvendo todos os stakeholders envolvidos inclusive agencias de governo, que trabalharam num ambiente comum para intercambio de dados. Um gêmeo digital do novo viaduto foi construído nesse ambiente, dando agilidade às alterações e aprovações , com clash detection de conflitos ainda na fase de projeto.
Na urgência de restabelecer a ligação rodoviária, o prefeito de Genova, Marco Bucci, recebeu mandato para negociar o contrato de projeto+construção diretamente com diversas empresas, sem precisar seguir as regras normais da Comunidade Europeia. Em dezembro passado, quatro meses após o acidente, o contrato de US$222 milhões foi adjudicado ao consorcio PerGenova, formado pela construtora Salini Impregilo e a divisão de construção do estaleiro estatal Fincantieri, que ficou responsável pela fabricação e montagem das seções metalicas que somaram 17 mil t, na sua planta perto de Napoles.
Os módulos pesando cerca de 50 t, fabricados no estaleiro, chegam por mar e são trazidos ao canteiro por caminhões. Fincantieri a seguir monta as seçoes metálicas completas que pesam em média 800 t ao pé dos vãos do viaduto, para serem içados por macacos hidráulicos até o topo. A capa de rolamento é composta por elementos pre-moldados que são unidos entre si por uma camada final de concreto.
A operadora privada Autostrade aportou cerca de R$550 milhões para as obras e trabalhos de demolição e limpeza—e espera continuar operando a estrada, embora enfrente graves acusações de falhas de manutenção que teriam causado o colapso do antigo viaduto Morandi e ameaças do governo em suspender sua concessão. No total, a empresa opera 3 mil km de estradas na Itália. O relatório divulgado sobre as causas do colapso não foi considerado conclusivo; enquanto isso, a procuradoria de Genova estaria investigando cerca de 70 pessoas de diversas organizações, por suposto envolvimento nas causas do colapso.
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