A IPS, empresa especializada em engenharia de rigging, realizou um desafiante trabalho de montagem de vigas sob rede de alta tensão responsável pela alimentação da cidade de Campinas (SP), com intervenção de umas das principais rodovias do estado: a SP-330 (Rodovia Anhanguera, concessionada à CCR).
Com a fabricação das vigas do vão central (78 t) no canteiro de obras, foi
necessário um planejamento logístico detalhado para o transporte das vigas à pista central da rodovia.
O viaduto é composto por três vãos, sendo dois com 22 m e o vão central com 40 m.
Os vãos de 22 m estão sobre as pistas das marginais sul (sentido Campinas/SP) e norte (sentido São Paulo/SP) e os do vão central sobre a via expressa da Rodovia Anhanguera, altura do km 91,8.
A construção do viaduto, que abrirá um novo acesso à cidade, na altura do Jardim Nova Europa, é uma contrapartida do complexo Royal Campinas-Convention Business & Hotels, que promete ser um dos maiores do País.
A condição de interferência física da lança do guindaste com a rede de alta tensão não poderia ser evitada se mantivesse o ângulo ideal para efetuar a amarração das duas primeiras vigas. Com isso, a IPS Engenharia propôs uma amarração com ângulo maior que 45 graus, gerando a demanda de uma nova análise estrutural no projeto das vigas.
Após a conclusão da análise estrutural constatou-se a necessidade da utilização de um dispositivo especial para o içamento. O dispositivo é composto por cabos de aço e uma estrutura metálica com a finalidade de evitar a flambagem maior que o previsto no projeto das vigas durante as operações de montagem.
Para o vão da marginal sul, todas as vigas estavam sob a rede elétrica. Após algumas análises e dimensionamentos preliminares de guindastes, chegou-se à conclusão de que a dificuldade de montagem do vão seria devido a combinação entre comprimento de lança ideal, raio de operação e limitação da altura da rede de alta tensão. Isso reduziu a poucas opções de guindastes e ainda tornaria a operação de montagem muito lenta.
A nova proposta da IPS Engenharia foi a aplicação e utilização de um guindaste telescópico sobre esteiras. Com isso, foi proposto o guindaste Liebherr – LTR1100, com lança telescópica e sobre esteiras, ideal para o içamento, devido à possibilidade de deslocamento com a carga içada, evitando uma das combinações que seria o raio com o comprimento da lança.
Em conjunto com o departamento de engenharia da Tranenge Construções, foi elaborado um plano estratégico para a construção do viaduto sobre a Rodovia Anhanguera (SP330).
A primeira etapa do planejamento foi a determinação da montagem dos vãos de 22 m, referentes as pistas das marginais, evitando o bloqueio total da rodovia, mantendo o fluxo pela pista expressa, com interrupções parciais.
Para a montagem do vão central, o fluxo da rodovia (pista expressa) foi transferido para as pistas das marginais, assim também evitando o bloqueio total da rodovia.
Belo trabalho, parabéns a todos os envolvidos!
O planejamento de uma operação de içamento é essencial, seria interessante que isso fosse planejado no inicio do projeto, desde de a analise de viabilidade do projeto, pois pela matéria da o entender que este estudo só foi feito quando as vigas já estavam a disposição para montagem.
Pois existem outras metodologias que poderiam ser aplicadas, o local da obra a favorece por ser próximo a grandes centros, mas existem regiões que estes equipamentos não estão disponíveis com a mesma facilidade e a mobilização pode inviabilizar o projeto.
Ou seja é de extrema importância que os gestores entenda a importância do planejamento de operações de içamento seja o mais cedo possível.
Muito bom!