A AES Tietê já obteve a outorga da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e aguarda o parecer do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e
as licenças ambientais para iniciar as obras do Complexo Eólico Tucano, na Bahia, com investimentos de R$ 1,3 bilhão.

“A companhia analisa projetos para finalizar o processo de contratação de serviços. Depois de finalizadas essas etapas, as obras irão começar. A previsão é para o início do ano que vem”, diz Rodrigo D´Elia, diretor de Engenharia e Construção da AES Tietê.

“Esta primeira fase deve aquecer muito a economia regional.

Há previsão de geração de emprego direto e renda para cerca de 300 pessoas, apenas na etapa civil, com parte deste contingente aproveitado de mão de obra local”.

Neste projeto, a AES Tietê fechou contrato com a Siemens Gamesa para fornecimento de 52 turbinas eólicas, destinadas as duas primeiras fases do Complexo Tucano, localizado nos municípios baianos de Tucano, Araci e Biritinga. Cada turbina opera com potência de até 6,2 MW, num total de 322 MW de capacidade para todo o parque.

A empresa de energia informa que serão instaladas em torres de aço de 115 m de altura e que terão pás de mais de 80 m de comprimento, formando uma circunferência de 170 m de diâmetro.

“Não vemos desafios adicionais nesse momento em comparação com outros projetos eólicos, porém podemos citar duas particularidades.

O primeiro é sobre a região de Tucano que, até então, não foi explorada em projetos eólicos. A outra é que estamos utilizando uma nova versão de aerogeradores, que melhor aproveitam as características de ventos dessa região”, afirma o executivo.

Pás, torres e a nacelles serão fabricadas no Brasil. Trata-se das maiores turbinas já instaladas no País em potência e tamanho. O investimento no Complexo Eólico Tucano faz parte da estratégia de crescimento da AES Tietê em energia renovável.

Além de fabricar os equipamentos, a Siemens Gamesa será responsável pelo transporte dos materiais, armazenamento, instalação, comissionamento, performance das máquinas, seguros e garantias contratuais e cumprimento do cronograma, entre outras atribuições.

O processo de contratação da construção civil, como fundações dos aerogeradores e vias internas, ainda não foi definida pela AES Tietê. A parte das instalações elétricas, que envolve subestação e linhas de transmissão, está a cargo da Elecnor.

De acordo com Rodrigo D´Elia, numa etapa de expansão, embora ainda não tenha prazo para o início da construção, se terá mais 260 MW de potência instalada, totalizando 582 MW em todo o complexo.

O projeto tem previsão de término em dezembro de 2022. O investimento total para essa fase de construção do Complexo Eólico Tucano será de aproximadamente R$ 1,3 bilhão.

NOVOS PROJETOS

“A companhia investe 100% de seus recursos em energias não fósseis. Trabalhamos somente com fontes hídricas, solar e eólica. Este ativo trará mais diversificação de fontes e ampliará ainda mais a capacidade da empresa em gerar energia. Além disso, essa energia foi comercializada em contratos de longo prazo do mercado livre, gerando maior previsibilidade de nossos resultados”, afirma Rodrigo D’Elia.

Na Bahia, a AES Tietê já conta com o funcionamento do Complexo Eólico Alto Sertão II, localizado nas cidades de Caetité, Guanambi, Igaporã e Pindaí, com capacidade instalada para gerar 386,1 MW de energia.

No pipeline de projetos, além dos 260 MW remanescentes do Complexo Eólico Tucano a serem ainda desenvolvidos, a empresa anunciou a assinatura de acordo de compra de 1,1 GW de projetos eólicos, localizados no Rio Grande do Norte, com alto fator de capacidade.

Batizado de Complexo Cajuína, o projeto já conta com demanda para essa energia potencial.

“A Companhia hoje possui uma estratégia clara de crescimento por meio de fontes limpas, principalmente eólica e solar. A busca por projetos renováveis, com retornos atrativos e em linha com a demanda de nossos clientes também se alinha a esse objetivo”, finalizada o diretor da companhia de energia.