A Vellent é uma empresa com 3 anos de existência, porém tem um time de profissionais qualificados e com experiência de décadas no setor de engenharia de infraestrutura. É o que conta Guilherme Barbosa, sócio-fundador da empresa.

A empresa tem atuação que abrange desde a prospecção de investidores, estudos de viabilidade, elaboração dos projetos básicos e executivos, estudos para a implantação, gestão de contratos, além de suporte jurídico, ambiental, fiscal e tributário.

“Em nossa visão, o nosso modelo de atuação reorganiza a engenharia de projetos e de construção de forma estruturada e com baixíssimo custo”, afirma Barbosa. Sobre o fato de muitas empresas hoje estarem adotando a modalidade EPC, cita que se trata de um modelo relativamente novo de negócios no mercado da engenharia em infraestrutura.

“Mas o desafio não está somente em aplicar este novo modelo, mas em ter uma estrutura preparada para ele. Temos visto este movimento de algumas empresas projetistas. O coeficiente do procurement e do construction é muito grande. Não vejo estas empresas preparadas para este desafio completo”, aponta.

Segundo ele, algumas dessas empresas foram adquiridas por grupos empresariais estrangeiros, que em seus países de origem atuam como EPCistas, mas vê muitos desafios.  “Aqui não é simplesmente se consorciar ou terceirizar partes do escopo de um EPC. É um processo bem mais abrangente. A gestão de um EPC tem uma complexidade alta e os riscos são muitos”.

BRT de Sorocaba

Guilherme Barbosa conta que a Vellent está envolvida no projeto do BRT de Sorocaba, no interior paulista. “Atuamos como líderes do time de construção, projetos executivos e suprimentos. Dentro de nosso ecossistema empresarial e através de seu modelo GIP Integração (Gestão da Implantação do Projeto), trabalhamos em regime de EPC nesse projeto”.

O executivo explica que em seis meses neste ano de 2020 entregou ao concessionário o primeiro eixo desse projeto, que representa em torno de 35% do sistema e que já está operando desde agosto último.  “No início de 2021, entregaremos para operação o segundo eixo, mais 30% do valor de receitas do negócio, e até outubro do ano que vem, entregaremos 100% do projeto”.

Neste contrato, a empresa tem atuação plena, onde além da gestão e implantação de todo o BRT, faz a representação do concessionário junto ao poder concedente e agentes financiadores (CEF e BNDES), referente a questões técnicas da implantação.

Outro projeto importante da Vellent é na área de geração de energia, com estudos em andamento de duas PCHs para um grupo de investidores de Minas Gerais, na região do Triângulo Mineiro.  “Nosso escopo é, a partir de um projeto básico elaborado pelos empreendedores, fazer uma engenharia de valor, a pré-construção como chamamos, buscando deixar os projetos em níveis quase executivos, com os respectivos cronogramas, os custos de implantação e todas as avaliações, que dará ao empreendedor e aos investidores a segurança necessária, tanto em termos de capex quanto do opex”.

Ele destaca que atuando dessa forma, garante-se mais confiança  quando se fala de taxas de retorno do projeto e seus riscos e oportunidades. A perspectiva de implantação dessas duas PCHs é a partir do segundo semestre de 2021.

“Temos ainda em nossa carteira de contratos a participação junto a um grupo de investidores de São Paulo em concessão de rodovias federais e estaduais, e outro com fundos de investimentos visando participar nos estudos para concessão de projetos metroviários”. Ele crê que os investimentos em infraestrutura virão, obrigatoriamente, através de parcerias com o setor privado através de PPPs (parceria público-privadas), concessões e privatizações.

“O ponto de atenção hoje é quanto à segurança jurídica dos contratos, muitas vezes por falta de marcos regulatórios. O que nós da Vellent temos mostrado para os investidores é o peso da qualidade da engenharia como um todo”.

Para ele, o desafio de lidar com os diversos stakeholders dentro de um projeto de infraestrutura, requer das empresas uma capacitação ótima.  “Acreditamos e temos praticado a boa engenharia. Adotamos como base de nosso trabalho a busca da qualidade, prazo e custo”.