O nome dela é Lucimar Freitas, mas todos a conhecem como ‘Flor de Ferro’. Hoje, atuando como soldadora da Camargo Corrêa Infra nas obras do Tramo III, Flor foi a primeira encarregada de soldagem na construção civil pesada da Bahia e está na profissão há 20 anos.

“Eu sou Lucimar de Freitas, mas quase todo mundo me conhece como ‘Flor de Ferro’. Isso porque eu sou soldadora e uma trabalhadora incansável e apaixonada por estar num canteiro de obras. Já são mais de 20 anos nesta profissão, sendo que cheguei à Camargo Corrêa Infra há pouco mais de quatro meses para atuar na construção do Tramo III do Metrô de Salvador, uma obra que me enche de orgulho em poder participar.

Meu desejo de trabalhar com construção civil surgiu quando eu tinha apenas nove anos de idade. Viajando de ônibus com minha mãe, observei vários operários com capacetes soldando metais nas obras do polo petroquímico de Camaçari. Aquela luminosidade e a quantidade de homens trabalhando me deixou encantada e nunca mais tirei da minha cabeça de que um dia iria trabalhar como aquelas pessoas que eu observava.

Hoje percebo que os canteiros estão mais diversos e democráticos do que no passado, quando comecei minha carreira. As empresas têm se mobilizado mais pela igualdade e estando na Camargo Corrêa Infra, vejo que que esse é um compromisso que se reflete no dia a dia. No início da minha carreira de soldadora, já sofri muito preconceito, olhares desconfiados e a rejeição de colegas de trabalho, mas nunca desisti porque sei do meu valor e do quanto me esforço todos os dias para fazer um trabalho bem-feito. Sofri e chorei por muitas vezes, mas isso nunca me impediu de seguir o meu sonho de trabalhar com aquilo que gosto e que me proporciona levar educação à minha filha, que sempre foi minha fonte de inspiração, assim como Deus e minha mãe.

A igualdade no ambiente de trabalho não é uma batalha sozinha. Nós mulheres temos de fazer a nossa parte por nós, mas as empresas também precisam dar a oportunidade. Sou muito grata à Camargo Corrêa Infra pelo espaço que conquistei, de poder me desenvolver e ajudar na formação de outras pessoas que querem trilhar o mesmo caminho que eu. E espero que para elas seja mais fácil do que foi para mim no passado. Na Camargo, o ambiente de trabalho é prazeroso porque sinto na prática a preocupação com a segurança, com a igualdade de oportunidade e o apoio de toda a equipe de gestores.

Fui a primeira encarregada de soldagem na construção civil pesada da Bahia e hoje vejo que há mais mulheres querendo quebrar paradigmas e chegar mais longe. Já passei por obras na Bahia, em São Paulo, no Paraná e quero conquistar ainda mais porque inspirar outras pessoas me dá muita satisfação de seguir em frente com as escolhas que tomei.

Eu me sinto bem à vontade sendo mulher e trabalhando num canteiro de obras com a maioria de homens ao meu lado. Isso já não me intimida e sei que não sou e não serei mais a única. Vejo que conquistei o respeito, que o mundo está mudando e que fiz parte dessa mudança para que mais mulheres tenham o direito de suas escolhas profissionais. Quando estou soldando me sinto como se estivesse fazendo uma obra de arte, em que deixarei minha assinatura, com suor, alegria e muito bom humor”.