A maior concessão já feita no país, a da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), realizada no final de abril, teve vencedores em três dos quatro blocos leiloados.
O Bloco 1 (18 municípios e a Zona Sul da capital) teve como ganhador a Aegea, com a outorga no valor de R$ 8,2 bilhões – o ágio foi de 103%.
O Bloco 2 (dois municípios e os bairros da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, na cidade do Rio de Janeiro) foi arrematado pelo consórcio Iguá Projetos com ágio de 129,68%, com valor oferecido de R$ 7,2 bilhões.
O leilão do Bloco 4 (o maior em atendimento à população, envolve oito municípios da Região Metropolitana e o centro e Zona Norte do Rio de Janeiro) foi vencido, de novo, pela Aegea, pelo valor de R$ 7,2 bilhões – o ágio foi de 187,75%.
O Bloco 3 (Zona Oeste do Rio de Janeiro, excetuando os bairros de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, e mais seis municípios), último a ser leiloado, não recebeu propostas. A Aegea havia se credenciado para este certame e era a única concorrente, mas como havia vencido os blocos 1 e 4, tirou a sua proposta da disputa.
Assim, 29 municípios atualmente atendidos pela Cedae, incluindo a capital, terão os serviços concedidos à iniciativa privada.
A concessão da Cedae deve atender cerca de 12 milhões de pessoas, gerar mais de 40 mil empregos diretos e indiretos e investimentos de cerca de R$ 27 bilhões durante os 35 anos de contrato Amapá, sendo que R$ 12 bilhões serão investidos nos cinco primeiros anos.
A concessão trará, ainda, investimentos de R$ 2,6 bilhões, nos cinco primeiros anos, destinados a reduzir as causas da poluição da Baía de Guanabara, dos seus corpos afluentes e melhorar a balneabilidade das praias e lagoas.
Durante esse período, também serão aplicados R$ 2,9 bilhões na redução da poluição do Rio Guandu, que abastece a maior parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e R$ 250 milhões para auxiliar na despoluição das lagoas de Jacarepaguá e da Barra.
Além disso, os concessionários deverão investir ao menos R$ 1,5 bilhão na ampliação do abastecimento de água e esgotamento sanitário em favelas e comunidades não urbanizadas no município do Rio de Janeiro, comprometendo-se com a continuidade de prestação do serviço.
O contrato também prevê que tarifa social terá que ser ampliada de 0,57% para, no mínimo, 5% da população.
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