*Matéria extraída do Jornal “A Tarde”
Jornalista Anderson Sotero
Um levantamento feito pela regional baiana do Sindicato das Empresas de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco-BA) aponta deterioração na infraestrutura de 20 equipamentos públicos e imóveis de Salvador.
Batizado de “prazo de validade vencido”, o documento, divulgado ontem, mostra o resultado da avaliação de pontes, viadutos, passarelas, estação elevatória e outras edificações.
O trabalho traz, ainda, outros 14 pontos identificados em levantamentos anteriores, que agora foram reavaliados. Houve melhora apenas em uma estrutura.
Todas as 34 estruturas, segundo o presidente da regional baiana do Sinaenco, Carlos Alberto Stagliorio, foram escolhidas “aleatoriamente”, e o principal problema encontrado está relacionado às estruturas metálicas.
Dentre os itens avaliados, quatro estão em situação mais grave, segundo o especialista. A primeira delas, uma ponte sobre o rio Jaguaribe, tem armaduras expostas e estágio avançado de corrosão, além de concreto de proteção em péssimo estado.
A segunda, uma ponte sobre o rio Jacuípe, na Estrada do Coco, exibe sinais de infiltração. O concreto de proteção também foi avaliado como em péssimo estado e há ferragens expostas.
Tubos e viadutos
O terceiro item, no bairro do Imbuí, mostra tubulações com pilares de sustentação rompidos. A quarta estrutura, u, viaduto nas proximidades da Arena Fonte Nova, apresenta rachaduras e fissuras na estrutura de concreto armado.
Para Stargliorio, três fatores costumam causar a deterioração: a influência do clima de Salvador, falta de manutenção ou problemas na própria obra.
No entanto, ele frisa que é necessário far uma análise de cada equipamento para identificar as causas e como recuperar.
“O salitre ataca o concreto. Se o concreto não for muito impermeável, não tiver uma espessura adequada, ele penetra e ataca as ferragens. Quando as estruturas metálicas são afetadas, alé, de corroer, acaba inchando os produtos que ele forma lá dentro. E, quando incha, acaba derrubando o próprio concreto”, diz Stargliorio.
Alerta
O objetivo, destacado no próprio documento, é “alertar” autoridades e a sociedade sobre a “a urgência e a importância da adoção por parte dos órgãos públicos das esferas federal, municipal e estadual de uma política permanente de manutenção”. Segundo o presidente do Sinaenco-BA, “queremos fazer entender que é necessária a manutenção”.
Casarões
Com relação ao trabalho atual, há uma avaliação também, de casarões do centro histórico, região com muitos imóveis abandonados e degradados que precisam de manutenção. E um olhar sobre o que o Sinaenco chama de “enchentes”, referindo-se a alagamentos nos períodos de chuva.
O levantamento atual será encaminhado, segundo o sindicato, para a prefeitura e o governo do estado. “Vamos recomendar que os governos verifiquem isso. Se acharem conveniente, que estendam esse levantamento e que, dentro do planejamento financeiro, verifiquem quais são as prioridades”, afirma Stargliorio.
Esta é a terceira edição do levantamento, que ja foi feito nos anos de 2006 e 2008 pelo sindicato, que representa mais de 33 mil empresas em todo o país (duas mil delas na Bahia) – oferecendo serviços de planejamento, estudos, planos, pesquisas, entre outras atividades relativas à arquitetura e à engenharia.
A TARDE procurou a prefeitura da capital, mas até o fechamento da edição, não teve resposta de assessores.
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Estádios
Em 2007, o Sinaenco nacional fez um quarto trabalho: uma comparação de 29 estádios do país, À época, o da Fonte Nova foi considerada o pior.
O resultado foi divulgado em 1º novembro daquele ano. No dia 25 do mesmo mês, parte da arquibancada da Fontw Noba desabou, matando sete pessoas.
Governo Informa por nota, que está “atento”
O governo estadual respondeu por nota que “está atento às necessidades de melhoria na infraestrutura da cidade Salvador. e por isso, tem feito uma série de intervenções nos equipamentos do Centro Histórico, além de obras de requalificação em mais de 260 ruas do Centro Antigo”.
Ainda de acordo com a nota, “estão em execução também obras em diversas encostas da capital”. O governo informou que, no total, 104 áreas de encostas serão recuperadas.
“Essas ações garantem a modernização e recuperação dos bens públicos, além disso, o governo tem trabalhado intensamente para melhoria de mobilidade urbana, com a construção de novas vias e viabilização de novos meios de transporte, a exemplo do metrô e do VLT. Com cerca de 19 quilômetros de extensão e 21 paradas, o veículo leve sobre trilhos (VLT) vai susbtituir o trem do subúrbio e teve aviso de licitação para implantação publicado no Diário Oficial deste mês”, conclui.
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