Com o Plano Plurianual de Investimentos (PPI) aprovado pelo Conselho de Administração da companhia, a Sanepar divulgou seus investimentos para os próximos anos. Segundo a companhia, serão R$ 10,7 bilhões de 2023 a 2027, sendo a maior parcela de recursos destinada para a área de esgotamento sanitário, com R$ 6,5 bilhões. Esse volume sustentará a execução de obras e ações com foco na meta de 90% da população atendida com rede de coleta e tratamento de esgoto até 2033, conforme prevê o novo marco de saneamento. O atual índice de atendimento da Sanepar é de 78,7% com 100% de tratamento do material coletado. Em abastecimento de água, o valor previsto para esse período de cinco anos é de R$ 3,7 bilhões.
Para 2023, estão planejados R$ 2 bilhões; 2022 deve fechar com R$ 1,7 bilhão já previstos. No exercício de 2021, foram R$ 1,3 bilhão e, em 2020, os investimentos totais da Sanepar somaram R$ 968,9 milhões.
R$ 100 mi para ETE moderna em Pato Branco, no Paraná
Além do Plano de Investimentos, a Sanepar anunciou que está investindo cerca de R$ 100 milhões, em Pato Branco, na ampliação do sistema de esgotamento sanitário na cidade. A nova Estação de Tratamento de Esgoto, a ETE Pato Branco, terá vazão de 210 litros de esgoto por segundo e destaca-se pela tecnologia de alta eficiência no processo de tratamento.
Construída nas proximidades do Contorno Norte, a ETE atenderá a rigorosos parâmetros ambientais, com o uso de uma tecnologia que alia alta eficiência de tratamento, inibe a geração de odor e otimiza o espaço físico, chamada de MBBR (Moving Bed Biofilm Reactor, em inglês).
Esta tecnologia provoca o aumento na quantidade de bactérias que fazem a decomposição da matéria orgânica do esgoto, melhorando a eficiência do tratamento. “Outra vantagem é que, por ser um sistema aeróbio, em que as bactérias utilizam oxigênio para decompor o esgoto, não há geração de gases derivados do enxofre, minimizando o problema de odor”, detalha o gerente de projetos e obras da Sanepar na Região Sudoeste, Aurio Bonilha.
O novo sistema também terá 9,7 quilômetros de interceptor – tubulação de grande porte (800 milímetros de diâmetro) – que recebe o esgoto das redes coletoras menores e faz o transporte até a estação de tratamento. Na chegada do interceptor à ETE, para transpor o Rio Ligeiro e a diferença topográfica no relevo, a Sanepar está construindo uma travessia aérea. Esta tecnologia mantém a declividade constante para que o escoamento do esgoto siga por gravidade, sem precisar de bombeamento.
O trecho aéreo tem cerca de 200 metros de extensão. Protegida por treliça de aço, a tubulação se sustenta em 21 pilares de concreto, numa elevação que chega a 13 metros, o equivalente a um prédio de quatro andares. Acima do vão do rio, a tubulação é de aço inox, mais durável e resistente.
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