Após anunciar o financiamento do projeto de automação dos trens da Rumo S.A. e a implantação de dois complexos eólicos e um solar para três grupos diferentes, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou apoio financeiro, no valor de R$ 4,6 bilhões, para a Concessionária das Linhas 8 e 9 do Sistema de Trens Metropolitanos de São Paulo S.A. (“Concessionária”), cujos acionistas são o Grupo CCR (80%) e o Grupo Ruasinvest (20%). O apoio visa financiar os investimentos que a Concessionária deverá realizar até 2027, no valor total de R$ 6,5 bilhões.

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Em conjunto, as linhas 8 e 9 administradas pela Concessionária contam com mais de 74 km de trilhos e 42 estações, atendendo a cerca de um milhão de passageiros por dia útil. Segundo o BNDES, a maior parte dos recursos será dedicada à renovação do material rodante, com a compra de 36 novas composições, totalizando 288 novos carros, que serão fabricados pela Alstom Brasil em sua planta em Taubaté (SP).

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Além disso, há investimentos em novos sistemas de sinalização e de alimentação elétrica, bem como em obras civis para adequação das estações, trilhos, oficinas mecânicas e pátios.

De acordo com o Banco, do valor total do apoio, R$ 2,5 bilhões serão liberados na forma de emissão de debêntures de infraestrutura sustentáveis, R$ 850 milhões como BNDES FINEM e R$ 1,25 bilhão na forma de um subcrédito backstop. A operação foi estruturada na modalidade project finance.

Além do conforto e segurança para os passageiros, o financiamento do BNDES viabilizará o aumento da velocidade média das composições (de 39 km/h para 43 km/h e de 41 km/h para 43 km/h para as linhas 8 e 9, respectivamente) e na redução do intervalo entre os trens – o headway (de 5 minutos para 4 minutos e de 5 minutos para 3 para as Linhas 8 e 9, respectivamente), encurtando o tempo de deslocamento do usuário e aumentando a capacidade de carregamento da rede metroferroviária. Estima-se um aumento de capacidade de 25% na Linha 8 e de 67% na Linha 9 considerando o trecho mais carregado das linhas e a hora pico. A entrega dos primeiros carros está prevista para o início deste ano.

Apoio a dois complexos eólicos e um solar

Também neste mês, o BNDES aprovou financiamentos para a implantação de dois complexos eólicos e um solar, assim como as linhas de transmissão associadas, na Bahia e em Minas Gerais. Somando 1,5 GW em capacidade instalada, os investimentos totais alcançam R$ 10,6 bilhões. A participação do BNDES de R$ 3,5 bilhões ocorrerá por meio do programa BNDES Finem. A energia gerada pelas plantas será equivalente à necessária para atender cerca de 2,6 milhões de residências e a mais de 8,6 milhões toneladas de CO2 de emissões evitadas ao longo da vida útil dos projetos.

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Os financiamentos foram para empreendimentos dos grupos Engie, Pan American Energy e Atlas.

Para o Grupo Engie, o apoio foi ao Complexo Eólico Serra do Assuruá, que está localizado no município de Gentio do Ouro (BA) e é composto por 24 parques eólicos com 188 aerogeradores da Vestas. Sua capacidade instalada total é de 846 MW. Com um empréstimo do BNDES de R$ 1,5 bilhão, o empreendimento tem previsão de entrada em operação comercial de forma escalonada a partir de julho de 2024 até junho de 2025.


Já para o Grupo Pan American Energy, o financiamento foi para o Complexo Eólico Novo Horizonte, localizado nos municípios baianos de Novo Horizonte, Boninal, Brotas de Macaúbas, Ibitiara, Oliveira dos Brejinhos e Piatã, é formado por 10 parques eólicos, dos quais oito receberão apoio de R$ 900 milhões do BNDES para implantação. O empreendimento somará investimentos de R$ 3 bilhões, com uma capacidade instalada total é de 423 MW.


Ao Grupo Atlas, o apoio será para a implantação do Complexo Solar Boa Sorte, que será composto por oito usinas fotovoltaicas e está localizado no município mineiro de Paracatu. O financiamento do Banco será de R$ 1,1 bilhão, valor equivalente a USD 210 milhões. O escopo do projeto também engloba a instalação de sistema de supervisão, segurança, controle, monitoramento local e remoto, assim como sistemas de comunicações. O complexo contará com mais de 778 mil painéis solares.

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A data prevista para o início da operação comercial é janeiro de 2025.
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Complexo Eólico. Foto Agência Brasil