Com o objetivo de alcançar a produção de 300 bilhões de litros de biocombustível por ano, os três novos projetos privados de indústrias de etanol de trigo no Rio Grande do Sul, anunciados pela BSBios, CB Bioenergia e Cotrijal, irão demandar R$ 1 bilhão de investimentos. A informação é do relatório do Itaú BBA sobre o setor, que projetou ainda que as três unidades têm capacidade de atender 30% da demanda local de etanol.
Os projetos já haviam sido anunciados pelo Governo do Rio Grande do Sul em 2021, quando lançou o programa Pró-Etanol, garantindo crédito presumido de ICMS para o etanol produzido no Estado. Dos três projetos, o maior empreendimento é o da BSBios, que irá investir R$ 556 milhões para construir uma planta em Passo Fundo, cidade onde a companhia já produz biodiesel.
Já a cooperativa Cotrijal anunciou que investirá R$ 300 milhões em uma usina em Não-Me-Toque, e a CB Bioenergia vai investir R$ 75 milhões para construir uma planta no município de Santiago.
Para o Itaú BBA, o consumo de etanol hidratado pelo Rio Grande do Sul é “baixo”, considerando que o biocombustível representa cerca de 1% no Ciclo Otto (gasolina C + etanol hidratado) do Estado ante cerca de 36% reportados em São Paulo, por causa do preço do etanol gaúcho acima de 90% da gasolina . Para o banco, esses números mostram que há uma “potencial demanda” no Estado para absorver o biocombustível produzido por essas novas plantas, se os preços forem atrativos para os carros flex.
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