O governo do Estado de São Paulo lançou o edital em 31 de março e pretende licitar a primeira fase do projeto Trem Intercidades (TIC) em 28 de novembro. Nele irá constar o trecho que liga São Paulo a Campinas. A parceria público-privada (PPP) prevê obras de R$ 13 bilhões e o início da primeira etapa da operação para passageiros ocorrerá em 2029.
O trem SP-Campinas é parte do Plano de Ação de Transporte de Passageiros e Logística de Cargas para a Macrometrópole Paulista (PAM-TL), que prevê investimentos privados de cerca de R$ 70 bilhões, sendo R$ 54,2 bilhões na malha ferroviária em cinco regiões metropolitanas: São Paulo, Campinas, Sorocaba, Baixada Santista e São José dos Campos, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer). Juntas, essas regiões concentram cerca de 70% do transporte de cargas do Estado e 32% do PIB nacional.
Além de São Paulo e Campinas, o TIC interligará também esses municípios a Sorocaba, Santos e São José dos Campos. Na primeira fase do trem SP-Campinas, prevista para ser concluída em 2029, haverá um serviço com paradas, que deverá demorar cerca de 93 minutos no trajeto. O corredor será formado pela linha 7-Rubi da CPTM, já em operação entre a capital e Jundiaí, e uma extensão até Campinas, a ser construída, conforme revelou o Valor. Na segunda fase do empreendimento (que deve ficar pronta até 2031), será oferecida uma viagem expressa de São Paulo a Campinas, com parada apenas em Jundiaí, numa viagem de cerca de 64 minutos.
Os investimentos totais devem superar os R$ 13 bilhões da PPP e aumentar para R$ 25 bilhões, se somados custos operacionais nos 30 anos de contrato. Desse montante, haverá um aporte inicial de R$ 6 bilhões do Estado, para viabilizar a obra.
Além disso, está previsto o pagamento de contraprestações anuais, de até R$ 13,7 bilhões ao todo. Tanto o valor do aporte quanto o dos pagamentos anuais poderão cair a depender da concorrência, já que o critério do leilão será o maior desconto, segundo apurou o jornal.
A previsão do governo é assinar o contrato no início de 2024. Na sequência, há um prazo de um ano e meio para licenciamento ambiental e, então, se iniciam as obras.
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