A tradicional fabricante de aços ArcelorMittal anuncia a formação de uma joint venture com a Casa dos Ventos, uma das maiores desenvolvedoras e produtoras de projetos de energia renovável no Brasil, para criação de um parque de geração eólica na Bahia, que exigirá investimentos de R$ 4,2 bilhões. ArcelorMittal Brasil terá 55% de participação na associação, com a Casa dos Ventos detendo os 45% restantes.

A transação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em 12 de abril e será concluída até o final do mês. O parque eólico terá 553,5 MW de capacidade instalada e a previsão é de iniciar o fornecimento de energia a partir de janeiro de 2026, sendo que 92% da carga elétrica serão comprados pela ArcelorMIttal Brasil.

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Batizado de complexo Eólico Babilônia Centro, o parque, que contará com 123 aerogeradores, será instalado nos arredores de Várzea Nova, na região central do Estado da Bahia.

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A localização foi escolhida devido a aspectos como fatores de carga de alta capacidade (mais de 50%) e a curta distância (23 km) para conectar-se à rede elétrica nacional.
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Existe, ainda, o potencial de expandir a capacidade do projeto adicionando mais 100 MW de energia solar.

O empreendimento está atualmente em fase de licenciamento ambiental e regulatório, com obras previstas para começar ainda neste ano e comissionamento operacional em 2025.
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A ArcelorMittal Brasil afirma que assinará um contrato de compra de energia de 20 anos com a joint venture para o fornecimento de eletricidade.

De acordo com a siderúrgica, o projeto tem como objetivo assegurar e descarbonizar uma parte considerável das necessidades futuras de eletricidade das operações da empresa no Brasil. Nos cálculos da companhia, estima-se que a unidade geradora atenderá 38% das suas necessidades totais de eletricidade em 2030. ArcelorMIttal responde por 40% da produção de aço e está entre os dez maiores consumidores de energia do País.

Segundo Aditya Mittal, CEO da ArcelorMittal, além de integrar esforços na direção da questão climática, o projeto também atende aos aspectos financeiros e operacionais. “Ele reduz os custos de eletricidade, fornece segurança energética para nossos negócios no Brasil e proporcionará retornos consistentes no longo prazo”, afirmou o executivo em nota.