Além de investimento próprio, o grupo Águas do Brasil analisa lançar títulos para expansão de saneamento em suas áreas de atuação e refinanciar a dívida de R$ 2,2 bilhões oriunda da outorga pela Cedae, no Rio de Janeiro.
Um ano após assinar o contrato para prestar serviço de água e esgoto na área de abrangência da antiga Cedae, na cidade do Rio de Janeiro, a Águas do Brasil avalia o mercado antes de lançar títulos da dívida para refinanciar o empréstimo contraído para pagar a outorga pelo negócio, conforme apurou o Valor.
Segundo a companhia, o cenário é desafiador para projetos de infraestrutura, sobretudo pelo custo do dinheiro atualmente. Ela mais que dobrou sua capilaridade no País desde que iniciou as operações no Rio de Janeiro, em agosto do ano passado. No Estado, ela atende 18 municípios, de um total de 32 cidades no Brasil. A concessão representa cerca de um terço da operação total da companhia, que atende atualmente 5 milhões de pessoas no País.
De acordo com diretor financeiro da Águas do Brasil, Marcelo Mota, a ida ao mercado de capitais ainda não tem previsão para acontecer, pois a companhia aguarda um momento mais favorável. Ele ressaltou que a empresa ainda tem folga para avaliar o comportamento do mercado, pois o prazo para concluir a operação de refinanciamento termina em janeiro de 2025. “Nossos projetos têm capacidade e robustez financeira para acessar o mercado em melhores condições, nos momentos mais adequados. Mas é importante dizer que nós não temos uma espada na cabeça. Estamos dentro do cronograma”, afirmou ao jornal.
Em 2022, a empresa obteve lucro líquido de R$ 207 milhões, 16% a mais que em 2021. A receita operacional foi de R$ 1,7 bilhão, 17% acima de 2021. Os recursos para o pagamento do bloco da Cedae arrematado no fim de 2021 vieram do capital próprio dos acionistas, além de um empréstimo-ponte com sindicato de quatro bancos, a ser quitado em 36 meses.
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