Com o intuito de reconhecer a sólida contribuição das concessionárias de capital privado como principal fonte de funding de novas obras de infraestrutura, bem como contratantes públicos que sustentaram seu fluxo de recursos em novos projetos – a despeito da crônica escassez de fundos governamentais na rúbrica investimentos – a revista OEmpreiteiro elegeu nove contratantes (ou proprietários) de empreendimentos de infraestrutura para receber o Prêmio “Distinção da Engenharia de Infraestrutura”.
O critério principal foi a repercussão sócio-econômica regional de seu projeto ou programa de obras, em termos de geração de empregos, qualificação do trabalhador local, desenvolvimento de fornecedores locais, volume de salários e impostos pagos, melhoria na economia regional, projetos sociais e ambientais, impacto positivo na qualidade de vida das comunidades da região, etc.
Os contratantes (ou proprietários) de obras de infraestrutura agraciados com o prêmio foram os seguintes:
BRK Ambiental que realiza programa de investimentos de R$2,6 bilhões em 13 municípios da Região Metropolitana de Maceió, visando a universalizar o acesso à água tratada em 6 anos e esgotamento sanitário em 8 anos;
Bahia Mineração BAMIN que assumiu a concessão da ferrovia FIOL, para retomar a conclusão do trecho de 537 km, ligando a mina em Caitité a Porto Sul, a ser construído com terminal oceânico, em Ilhéus. A companhia vai criar um corredor logístico que impulsionará toda a economia da região sul da Bahia;
Arteris Litoral Sul que programa entregar o Contorno Viário de Florianópolis, SC, de 50 km, em Dezembro próximo, após 8 anos de obras. É considerado o maior projeto rodoviário do País, que mobilizou 500 máquinas e pico de 2 mil funcionários em 2 turnos;
A Companhia dos Transportes da Bahia, gestora das obras do metrô de Salvador, que tem o Tramo III de 5 km concluído e em testes para operação comercial. O Estado e a União investiram R$2,3 bilhões neste projeto entre 2013 e 2021. A operadora CCR Metrô Salvador gerou 4885 empregos diretos e indiretos em 2021. A rede soma 38 km;
Gás Natural de Açu que implantou a 1ª termelétrica à base de GNL no Porto de Açu, RJ, que passou a gerar em setembro de 2021. A usina GNA II está em montagem no mesmo local. Gerou 10 mil empregos diretos e indiretos, a maioria para trabalhadores da região;
Enel Green Power iniciou em outubro passado a etapa V do complexo eólico Lagoa dos Ventos, no Piauí, que terá ao final 1100 MW. Essa etapa está orçada em R$2,5 bilhões, com 70 aerogeradores. A maioria do pessoal foi recrutado e treinado na região;
Aena Brasil, operadora espanhola que arrematou em leilão seis aeroportos no Nordeste—Recife, Maceió, João Pessoa, Aracaju, Campina Grande(PB) e Juazeiro do Norte(CE), que atendem a 13 milhões de viajantes. Os aeroportos tem programas de obras orçados em R$600 milhões até final de 2024;
Águas de Fortaleza, concessionária que vai implantar uma usina de dessalinização de água marinha na capital cearense, capaz de abastecer 700 mil pessoas – uma das maiores plantas do tipo;
No segmento de plantas industriais, a empresa CMPC de origem chilena, que produz 1,9 milhão t/ano de de celulose em Guaíba, RS. Seu programa recente de modernização mobilizou uma cadeia de produção e engenharia que reuniu 143 empresas gaúchas, com aporte de R$2,75 bilhões. A empresa tem 6600 colaboradores nas áreas industrial, florestal e portuária.
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