Com seis aeroportos sob sua direção no Nordeste e mais 11 espalhados em diversas regiões do país, arrematados na sétima rodada de concessões, em agosto de 2022, a Aena opera, no total, 17 terminais no Brasil.

 A companhia, que administra 46 aeroportos na Espanha (entre eles, Barajas, em Madri), um no Reino Unido, 12 no México, dois na Colômbia e dois na Jamaica, é responsável por cerca de 20% do tráfego aéreo nacional brasileiro. “Embora o transporte aéreo não seja tão utilizado no Brasil, como em outros países da América do Sul, o país tem um enorme potencial e por isso a Aena decidiu investir nele”, destacou Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena, que apresentou uma palestra sobre a programação de obras e os desafios da administração dos novos 17 empreendimentos durante o Fórum Infra 2025, realizado pela Revista O Empreiteiro em setembro. “Se o Brasil voasse como os colombianos, a indústria brasileira cresceria 60%”, salientou.

No Nordeste, a espanhola está responsável pela operação do bloco chamado ANB – Aeroportos do Nordeste do Brasil, que inclui: Recife, João Pessoa, Campina Grande, Maceió, Aracaju e Juazeiro do Norte. Lá, já foram investidos R$1,4 bi na ampliação e modernização na Fase 1B, com obras estruturais e de grande porte. “Foram adotadas sistemas de pista de áreas de escape nas cabeceiras, para operações mais seguras, para quando as aeronaves apresentarem qualquer problema, além da eliminação de obstáculos, faixas preparadas, novos pátios, sistema de bagagem, climatização e ampliação dos terminais”, contou Bento.

“Além de ter aeroportos mais seguros, queremos também que eles sejam mais confortáveis e sustentáveis, com metas de descarbonização”, frisou o diretor. Das obras no ANB, já foram concluídas na fase 1, 100% em Campina Grande, 80% em João Pessoa, 70% em Maceió e Aracaju, 60% Recife e 40% Juazeiro do Norte. Confira abaixo as empresas contratadas para os respectivos serviços nos aeroportos:

A complexidade de um novo terminal em Congonhas

Com aeroportos situados em 4 estados diferentes, SP, MS, MG e PA, o BOAB – Bloco dos Onze Aeroportos do Brasil é outro grande desafio para a Aena. Assumido oficialmente nos meses de outubro e novembro deste ano, a companhia passa a administrar também o Aeroporto de Congonhas, considerado o mais movimentado do país.

 A espanhola também já têm prazo para a conclusão das obras nesse novo bloco, sendo o de Congonhas em junho de 2028 e os outros dez, em junho de 2026 – com os aeroportos funcionando. “No caso de Congonhas o prazo é maior justamente pela complexidade da obra. Uma das principais intervenções será um novo terminal.

É um sítio aeroportuário apertado e antigo, pois a separação entre a pista de rolagem e a pista principal não é a distância que deveria ser segundo as normas mais recentes para a segurança aeroportuária. Então, é necessário que façamos um afastamento dessas duas pistas, mas, para isso, teríamos que retirar todas as pontes de embarque que existem para readequação. Por isso, iremos construir um novo terminal onde teremos mais espaços para mais pontos de embarques e desembarques”, explicou Marcelo Bento. Somente no aeroporto paulista, a companhia irá duplicar a área do terminal, passando dos atuais 40 mil metros quadrados para 80 mil metros quadrados.

Essa etapa prevê também a revitalização dos pavimentos das pistas de taxiamento, a ampliação do pátio de aeronaves, a readequação das vias de acesso, a revitalização da fachada e a melhoria dos banheiros, entre outras obras. Atualmente, a nova concessão da Aena ainda se encontra em fase de desenvolvimento de projetos de ampliação e modernização de cada aeroporto.

A companhia tem o prazo de até dezembro para apresentar o projeto conceitual e até o primeiro semestre do ano que vem para elaborar e realizar a licitação. A contratação das empresas para executar as obras está prevista para o segundo semestre de 2024. Até o momento, a espanhola já contratou consultorias para os desenhos conceituais dos aeroportos. Conheça as empresas envolvidas nos projetos: