Com cerca de 350 mil profissionais registrados e 95 mil empresas registradas, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) começou 2024 superando paradigmas. A autarquia, que este ano completará 90 anos de história, agora tem, pela primeira vez, uma mulher como presidente. O maior conselho de fiscalização do exercício profissional foi assumido pela engenheira civil Lígia Marta Mackey, que venceu as últimas eleições com 65% dos votos.
Formada pela Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP) e profissional atuante na área de construção civil, Lígia trabalhou como autônoma em sua profissão por 17 anos. Além disso, trabalhou na Prefeitura de Rio Claro por 1 ano, JBS Construtora por 6 anos, também como engenheira. Foi coordenadora da União das Associações da Baixa e Média Mogiana (UNABAM) e presidente do Instituto Paulista das Entidades de Engenharia e Agronomia (IPEEA).
A relação da engenheira com o Conselho começou pela Associação de Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Geologia de Rio Claro (AERC), onde já ocupou a presidência. Nos anos anteriores, ela também assumiu outros cargos de destaque no Crea-SP: em 2023, foi diretora de Entidades de Classe e, em 2022, vice-presidente, chegando a desempenhar a presidência por seis meses.
Desde 1º de janeiro, Lígia já exerce seu mandato. Para a nova gestão, ela faz planos de continuidade da cultura de inovação, capacitação e avanço em iniciativas de diversidade. “Desde as eleições, em novembro, me sinto constantemente honrada e grata. Sei que o desafio não é pequeno, pelo contrário, estamos falando de um universo de 350 mil profissionais e 95 mil empresas. Mas, depois de 30 anos de carreira, entre a construção civil, o associativismo e a integração com o Sistema Confea/Crea, estou certa de que não há momento melhor. Me sinto pronta para lutar pelas nossas profissões”.
A nova presidente também reforçou, que pretende ampliar os programas de capacitação do Conselho para alcançar mais engenheiros, agrônomos, geocientistas e tecnólogos. “São diversos programas e o Crea-SP Capacita é um deles, com cursos gratuitos ou a custos especiais, on-line ou presencial, que traz os temas mais atuais ao alcance de todos. A capacitação não precisa ser difícil ou cara para o profissional, ela está aqui, no nosso Conselho. Outra opção são os coworkings da rede CreaLab, uma rede que já chegou em 25 unidades espalhadas pelo Estado e que estimularemos a crescer”, complementa.
Além das metas voltadas para a qualificação dos profissionais da área tecnológica, Lígia ressalta um objetivo: aumentar o número de mulheres em sua profissão. “Diminuir os obstáculos para que mais mulheres ingressem nas profissões da área tecnológica e para que o nosso Sistema seja mais diverso e equitativo em termos de gênero também está entre as minhas metas e, com o Programa Mulher, sei que chegaremos lá”.
No Brasil, uma pesquisa de 2022 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), revelou que o percentual de mulheres registradas como engenheiras no Brasil é de 19,3%, o que corresponde a 199.786 profissionais do sexo feminino, de um total de total de 1.035.103 engenheiros no país.
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