Durante o lançamento do Diesel Petrobras Grid, combustível menos agressivo pela ação de aditivos, a Vibra anunciou que irá inaugurar a ampliação da fábrica de lubrificantes da marca Lubrax em Duque de Caxias (RJ), no mês de outubro. A companhia investiu R$ 100 milhões em 2023 na expansão da unidade, que será a quinta maior do mundo e a maior do gênero na América Latina.
“Estamos em constante evolução e vamos triplicar a produção de 300 milhões de litros/ ano de lubrificantes para 500 milhões de litros anualmente”, acrescentou a vice-presidente de Produtos, Negócios e Marketing da Vibra, Vanessa Gordilho, em entrevista na coletiva de imprensa realizada na última semana, em São Paulo.
A planta na Baixada Fluminense opera em três turnos com 550 funcionários. São 42 km de tubulações, 146 tanques para armazenar 43 milhões de litros do produto e uma movimentação de 18,7 milhões de litros/mês. Dentro da fábrica, a companhia também mantém um centro de pesquisa e de testes.
Sobre o lançamento do novo Diesel Grid, apesar de já ter investido R$4 bilhões em combustíveis renováveis para se posicionar em busca da transição energética, Vanessa justifica que o novo produto se deve à demanda crescente pelo combustível, principalmente para atender veículos pesados do agronegócio. “Nós temos mais de 1.000 postos de abastecimento pelo Brasil e nós queremos impactar nossos clientes das frotas de caminhões e tratores da área agrícola. Além disso, o diesel demonstrou que tem tido um crescimento. Nos últimos 12 meses houve um aumento de 3,6% na demanda pelo diesel”.
Além do crescimento no varejo, o vice-presidente comercial B2B (Business-to-Business) e Aviação da Vibra, Juliano Prado, disse que entre as estratégias da companhia, “o foco é impulsionar a Vibra no mercado B2B”, ou seja, para grandes empresas como dos segmentos de mineração, siderurgia e montadoras. “Hoje nós atendemos mais de 20 mil clientes desse mercado, o que significa que nós atendemos 80% das maiores empresas do Brasil, sendo o óleo diesel ainda o produto mais vendido. Então queremos continuar ampliando esse Market Share de grandes clientes”, complementou Juliano.
Ainda no cenário B2B, Juliano conta que um terço dos grandes clientes da Vibra são da aviação, e que a companhia quer aumentar seu fornecimento para o agronegócio. “Vemos um crescimento acelerado neste setor que representa hoje 25% do PIB brasileiro. Então, o agronegócio é uma área de estratégia da Vibra e queremos amplificar nossa presença em grãos”, revelou.
Transição energética
Em relação à corrida para a redução de emissões, a Vibra reforçou que já investiu em torno de R$ 4 bilhões em seu portfólio de energias renováveis, que conta com diversas parcerias firmadas, como: a Comerc, comercializadora de energia a qual a Vibra é majoritária na sociedade representando 50%; a Evolua Etano, joint venture com a Copersucar, em que a Vibra Energia detém 49,99% para a comercialização de etanol; a Zeg Biogás, combustível a partir de resíduos como a vinhaça da cana de açúcar, e a EZVolt, startup de eletromobilidade.
“Somos um país forte nos biocombustíveis. Criamos, inclusive, uma vice-presidência que se chama Vibra Renováveis para dar atenção a este assunto que são os combustíveis do futuro. Esses R$4 bilhões de investimento estão previstos dentro dos próximos 3 ou 4 anos, mas pretendemos investir em todas as tecnologias possíveis para aumentar essas opções voltadas para a transição energética”, explicou Vanessa Gordilho.
Expansão operacional no Pará
Além da ampliação na produção da fábrica de lubrificantes para carros híbridos, que será inaugurada em outubro em Duque de Caxias (RJ), a Vibra já investiu R$ 90 milhões em melhorias e ampliação de sua base no Porto de Belém (PA), cuja capacidade instalada passou de 48.000m3 para 76.000 m3 (um aumento de 58,3%), tornando-a a maior do porto. Este é o maior investimento atual da companhia em uma unidade operacional na região Norte do país.
“Torcemos muito para que a COP 30 – Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 seja no Pará, e nós sabemos que lá, nossa base gera mais emprego naquela região”, destacou Vanessa.
A Vibra já operava em uma base no Porto de Belém mas, em 2019, após o processo de arrendamento do leilão portuário conduzido pela ANTAQ, válido por 20 anos, iniciou a ampliação tancagem. Ao todo foram construídos sete novos tanques para armazenagem de gasolina, etanol, diesel, biodiesel e querosene de aviação. A nova tancagem iniciou a operação em fevereiro deste ano.
A nova base viabiliza o fornecimento de biocombustíveis por modal de larga escala, substituindo o rodoviário via Centro-Oeste, o que reduz custos e emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Também haverá uma otimização do suprimento dos demais derivados por modal marítimo e fluvial, com a entrada de cargas de maior escala por cabotagem.
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