Referência em celulose, produtos de madeira, reservas florestais e bioenergia, a chilena Arauco revela que irá investir US$ 4,6 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões) em sua primeira fábrica de celulose branqueada no Brasil. A unidade será construída em Inocência (MS) e terá capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas por ano de fibra branqueada de eucalipto.
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Batizado de Projeto Sucuriú, esse é o maior investimento da história da multinacional. Inicialmente, estava previsto que a unidade produziria 2,5 milhões de toneladas de celulose. Mas o projeto foi revisto e sua capacidade aumentou 40%, para 3,5 milhões de toneladas. Atualmente, o grupo tem capacidade produtiva de 5,2 milhões de toneladas por ano de celulose, em fábricas localizadas no Chile, Argentina e Uruguai. A nova unidade brasileira será equivalente em volume a toda celulose produzida pela companhia chilena em sua sede.
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Localizado a 50 km do centro urbano de Inocência, o empreendimento se encontra atualmente na etapa de terraplanagem, para iniciar a construção a partir de 2025. A previsão para operação da fábrica é para o segundo semestre de 2027.
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A expectativa é que Sucuriú gere em torno de 14 mil empregos no pico da obra, de forma escalonada. “Trata-se de um projeto de grande magnitude. Com o início da operação, teremos como reflexo o impulsionamento do desenvolvimento social e econômico da região, com o aumento de geração de emprego e renda, maior arrecadação de impostos e atração de novos investimentos”, afirmou, em nota, o diretor presidente da Arauco no Brasil, Carlos Altimiras.
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A finlandesa Valmet foi definida como parceira da Arauco no projeto industrial. Desenvolvedora global de tecnologias, automação e serviços para os setores de celulose, papel e energia, a Valmet fornecerá para a futura planta da Arauco uma completa linha de produção. A operação engloba sistemas automatizados projetados para maximizar a eficiência energética, reduzir custos operacionais, otimizar desempenho, além de minimizar o volume de resíduos e as emissões de gases de efeito estufa, de acordo com as práticas sustentáveis.
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De acordo com a Arauco, o Projeto Sucuriú contará com a modernidade da indústria 4.0, com avançados controles de processos e simuladores para treinamentos operacionais. A integração de soluções de conectividade, do processamento da madeira até o controle de qualidade da celulose, trará ainda mais segurança e otimização, seja na tomada de decisões ou na eficiência do uso de recursos naturais.
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O escopo inclui as áreas de processo regulares, assim como uma planta de gaseificação que vai gerar biocombustível para abastecer os fornos de cal da operação, uma caldeira de recuperação química – a maior do mundo em capacidade no setor de papel e celulose, segundo a empresa – e uma caldeira de biomassa, responsável pela geração de energia a partir do reaproveitamento de biomassa e outros resíduos do processo da fabricação da celulose.
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A energia gerada será de mais de 400 MW de eletricidade, dos quais cerca de 200 MW serão destinados para o consumo interno da unidade industrial. A energia excedente –suficiente para abastecer uma cidade de mais de 800 mil habitantes – será disponibilizada ao sistema nacional.
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